Reservas para a vida silvestre, serviços ecológicos e sustento da população

Uma maneira de impedir que a floresta amazônica seja cortada é fazer com que a área seja declarada sob a proteção legal do Estado brasileiro, ou seja, criar uma unidade de conservação.

Embora isso não garanta uma proteção completa – a extração ilegal e as invasões ainda são comuns em unidades de conservação –, constitui um passo fundamental para a preservação de importantes bolsões de biodiversidade.

Algumas unidades de conservação precisam de mais de uma década de esforços para serem criadas. Outras são criadas numa fração de tempo.

Em cada caso, é preciso um difícil processo de pesquisa, consultas, defesa da ideia e apoio para que as áreas sejam oficialmente declaradas unidades de conservação e, assim, recebam a proteção da União.

O WWF-Brasil tem apoiado a criação e a gestão de unidades de conservação na Amazônia brasileira.

O foco da instituição está no fortalecimento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC)

Mas afinal, o que é uma unidade de conservação?

Uma unidade de conservação é um espaço territorial instituído pelo poder público que tem a finalidade de conservar as características naturais relevantes presentes na área.

As UCs podem ser de proteção integral ou de uso sustentável, e seus usos e finalidades são distintos.

  • As unidades de conservação de proteção integral têm como objetivo manter os ecossistemas livres de alterações causadas por interferências humanas. O tipo de uso permitido nessas UCs é indireto, ou seja, não pode haver coleta, consumo, dano ou destruição dos recursos naturais. Exemplos de uso indireto são a visitação e a pesquisa científica.
  • As unidades de conservação de uso sustentável têm como objetivo explorar o ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos. A biodiversidade deve ser mantida, assim como seus atributos ecológicos.  A exploração dessas áreas deve acontecer de forma socialmente justa e economicamente viável. Exemplos de uso sustentável são o extrativismo e o manejo florestal.
O WWF-Brasil tem apoiado a criação e a gestão de unidades de conservação na Amazônia brasileira. 
© WWF-Brasil / Adriano Gambarini
O WWF-Brasil tem apoiado a criação e a gestão de unidades de conservação na Amazônia brasileira.
© WWF-Brasil / Adriano Gambarini
Tipos de unidades de conservação
Áreas naturais diferentes requerem tipos específicos de status de proteção, os quais variam desde a proteção integral até a extração sustentável.

Mesmo se sua principal função não for a conservação da natureza, algumas unidades de conservação podem ser relevantes também para salvaguardar a biodiversidade, desde que tenham um bom planejamento e um bom manejo.

No Brasil, um exemplo disso é o das Áreas de Proteção Ambiental (APAs).

Trata-se de uma categoria de unidade de conservação que permite a realização de atividades privadas dentro da área, inclusive a mineração, criação de gado e agricultura, tendo como única exigência a cautela no manejo dos recursos naturais.

FATOS E CURIOSIDADES

Zonas tampão barram as ameaças

As zonas-tampão são áreas localizadas em volta de unidades de conservação que funcionam como um pára-choque para impedir que a degradação da natureza alcance a unidade de conservação. Terras indígenas e outras áreas sob proteção governamental são bons exemplos de zonas-tampão.

A existência dessas áreas é essencial para assegurar a continuidade dos processos ecológicos que dão origem e mantêm a biodiversidade no interior das UCs.

Por esse motivo, o WWF-Brasil trabalha com parceiros locais e órgãos de governo não só para a proteção das unidades de conservação, mas também para a proteção das zonas-tampão.

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