Criada na década de 1970 pelo governo militar, como mais uma obra de infraestrutura para integrar o país, a rodovia BR-163 atravessa a região central da Amazônia e deixa sua marca de degradação em uma região de extrema importância pela grande diversidade cultural, biológica e de recursos naturais.
A estrada que interliga as cidades de Cuiabá, no estado do Mato Grosso, e Santarém, no Pará.
Populações tradicionais vivem ao lado de colonos e agricultores familiares que foram para a Amazônia, após a abertura da estrada, com incentivos para “integrar” a área.
Junto com esses atores, também chegaram à região grileiros e grandes produtores que perpetuam o modelo de ocupação predador.
Uma particularidade da BR-163 é que apesar de aberta pelo governo federal na década de 1970, ela nunca foi asfaltada completamente e sua população ficou isolada, sem acesso a políticas públicas básicas.
Diante do anúncio da pavimentação da rodovia pelo governo federal em 2003, o movimento social da região e se mobilizou e vem pressionando as autoridades para que o asfalto prometido chegue junto com a implementação de um plano de desenvolvimento sustentável elaborado para a região.