A presença da arara-azul é um importante indicador de saúde ambiental. A conservação do Pantanal passa pela sua proteção.
Contudo, essa bela ave que encanta a todos com sua cor vibrante e som alegre e barulhento vem sofrendo com a destruição dos habitas e com a captura ilegal para tráfico de animais silvestres e quase desapareceu das matas brasileiras.
Mas no Mato Grosso do Sul, as aves têm um aliado importante na luta pela sua preservação: o Projeto Arara Azul. Criado pela biologa Neiva Guedes para salvar a espécie de extinção, o projeto teve o apoio do WWF-Brasil durante 10 anos (1998/2008).
O trabalho dos pesquisadores envolve:
- monitoramento, recuperação e manejo dos ninhos naturais e artificiais
- instalação de ninhos artificiais
- observação do período de reprodução das aves e seus resultados
- acompanhamento dos filhotes, com pesagem e coleta de sangue para exames laboratoriais e identificação genética
- ações de educação ambiental, com palestras nas escolas da região
- atividades com as crianças e visitantes à sede do Projeto Arara Azul
Os pesquisadores do Instituto Arara-Azul instalaram 182 ninhos artificiais e monitora um total de 367 ninhos cadastrados em 54 fazendas, localizadas no Pantanal de Aquidauana, de Miranda, de Rio Negro, do Abobral, da Nhecolandia e do Nabileque.
O resultado é que desde 1999, o número de araras-azuis subiu de 1.500 para 5.000 no Pantanal.