Possíveis novas espécies de peixes são encontradas no Parque Nacional da Serra do Pardo
dezembro, 21 2010
Pesquisadores encontraram no Parque Nacional da Serra do Pardo três espécies de peixes que nunca haviam visto antes: uma espécie de jacundá (cremichla), uma de lambari (astyanax) e uma de muçum (synbranchus).
Por Ligia Paes de BarrosEstudar uma área desconhecida pela ciência é considerado um privilégio por pesquisadores. Esses ambientes revelam segredos ainda não desvendados e muitas vezes abrigam espécies novas, que qualquer um deles adoraria descobrir.
No Parque Nacional da Serra do Pardo, os presenteados com o achado de possíveis espécies novas foram os pesquisadores da ictiofauna (peixes). Eles encontraram três espécies de peixes que nunca haviam visto antes: uma espécie de jacundá (cremichla), uma de lambari (astyanax) e uma de muçum (synbranchus).
Apesar de se ter quase certeza, ainda não é possível saber se estas, de fato, são espécies novas: depois da coleta dos peixes, há um longo processo de análise pela frente até que se possa afirmar que determinada é uma nova conhecida da ciência.
Os pesquisadores voltam com os exemplares de peixes para seus laboratórios e analisam os animais com lupa, comparam com outros animais do mesmo gênero, consultam outros especialistas, pesquisam em museus que possuem uma ampla coleção sobre determinada família de peixes, e só então, se nada for encontrado, o registro da nova espécie é feito.
“É um trabalho de detetive que pode demorar um bom tempo”, explica Jansen Zuanon, pesquisador do Instituto de Pesquisas Amazônicas (INPA) que coletou - junto com sua colega da Universidade Federal do Pará, Janice Muriel - os peixes na expedição científica ao Parna Serra do Pardo.
Conforme explica Zuanon, quando o peixe é de alguma família bastante conhecida, com muitos especialistas na área, e com muitos exemplares coletados, a confirmação é fácil. “O problema é quando não há muitos especialistas em determinada família e temos que fazer todo o levantamento quase do zero”, completa Zuanon.
Agora, resta esperar o trabalho investigativo dos pesquisadores e torcer pela confirmação da ampliação da lista da biodiversidade da Amazônia com a entrada desses peixes.
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