Bioma
Por dentro da floresta amazônica
A Amazônia é uma floresta tropical úmida que se estende pela bacia hidrográfica do rio Amazonas, uma vasta área tropical natural, com área de aproximadamente 6,74 milhões km2, que se estende por oito países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Venezuela.
O bioma Amazônia é quase do tamanho da bacia, com 6,7 milhões de km². A maior parte desse bioma – 60,1% – está em território brasileiro. Para se ter uma ideia de sua grandiosidade, se a Amazônia fosse um país, seria o sétimo maior do mundo.
O bioma Amazônia é quase do tamanho da bacia, com 6,7 milhões de km². A maior parte desse bioma – 60,1% – está em território brasileiro. Para se ter uma ideia de sua grandiosidade, se a Amazônia fosse um país, seria o sétimo maior do mundo.
Biodiversidade excepcional
A Amazônia abriga um número enorme de plantas e animais existentes no planeta e a maior parte dessas espécies sequer foi estudada pelos cientistas.
Até agora, já se tem a classificação científica de pelo menos 40 mil espécies vegetais, 427 mamíferos, 1.294 aves, 378 répteis, 427 anfíbios e cerca de 3 mil peixes da região.
No entanto, as menores formas de vida são as que apresentam os números mais impressionantes: os cientistas já descreveram entre 96.660 e 128.840 espécies de invertebrados só na parte brasileira da Amazônia.
A riqueza cultural indígena
A vida silvestre da Amazônia compartilha o espaço com cerca de 30 milhões de pessoas. Nessa população, incluem-se mais de 220 grupos indígenas na Amazônia brasileira, além de comunidades tradicionais que dependem dos recursos naturais para sobreviver.
Por trás dessa incrível diversidade cultural, no entanto, descortina-se um cenário desolador. Apesar de habitarem uma área com uma coleção fantástica de produtos e serviços naturais, muitas das populações locais continuam vivendo em relativa pobreza.
O rio Amazonas é o eixo da vida
Com mais de 6.400 km de extensão, o rio Amazonas é o segundo rio mais longo do mundo (o primeiro é o Nilo, na África).
Esse corpo d’água colossal, alimentado por muitos afluentes, é o eixo da bacia hidrográfica Amazônica e desce do alto dos Andes até o oceano Atlântico, onde deposita suas águas.
As águas levadas pelo Amazonas ao mar equivalem a quase um sexto de toda a água doce que deságua nos oceanos do mundo.
A Amazônia não é só verde e selvagem
Então, a Amazônia é meramente uma enorme extensão uniforme de floresta tropical cortada em duas por um extenso rio? Essa percepção sobre a Amazônia é muito superficial.
Na verdade, trata-se de um ambiente extremamente complexo e dinâmico. A bacia hidrográfica é composta por uma variedade de paisagens e ecossistemas, que incluem florestas tropicais úmidas, florestas inundadas ou várzeas, savanas e uma rede intrincada de rios, lagos e igarapés.
Calor e umidade
Úmida e quente, a região amazônica possui todos os atributos típicos de um ambiente tropical. A temperatura média geralmente fica em 27,9 °C durante a estação da seca e em 25,8°C durante a estação das chuvas.
A umidade relativa do ar é muito elevada e atinge em média 88% na estação das chuvas e 77% na estação da seca. Chove e faz calor quase todos os dias do ano.
O ciclo das águas: um processo natural muito eficiente
Todos os anos, caem sobre a floresta amazônica chuvas torrenciais – entre 1.500 mm e 3.000 mm. De onde vem toda essa água?
Os ventos alísios que sopram desde o oceano Atlântico respondem por cerca de metade dessas chuvas. A outra metade provém da evapotranspiração, ou seja, a perda de água do solo por meio da transpiração das plantas e da evaporação.
Se a evapotranspiração e seu papel na manutenção do equilíbrio ecológico forem prejudicados, o que pode acontecer, por exemplo, com o desmatamento de grandes áreas, haverá um impacto significativo na região amazônica – e muito além dela.
A Amazônia abriga um número enorme de plantas e animais existentes no planeta e a maior parte dessas espécies sequer foi estudada pelos cientistas.
Até agora, já se tem a classificação científica de pelo menos 40 mil espécies vegetais, 427 mamíferos, 1.294 aves, 378 répteis, 427 anfíbios e cerca de 3 mil peixes da região.
No entanto, as menores formas de vida são as que apresentam os números mais impressionantes: os cientistas já descreveram entre 96.660 e 128.840 espécies de invertebrados só na parte brasileira da Amazônia.
A riqueza cultural indígena
A vida silvestre da Amazônia compartilha o espaço com cerca de 30 milhões de pessoas. Nessa população, incluem-se mais de 220 grupos indígenas na Amazônia brasileira, além de comunidades tradicionais que dependem dos recursos naturais para sobreviver.
Por trás dessa incrível diversidade cultural, no entanto, descortina-se um cenário desolador. Apesar de habitarem uma área com uma coleção fantástica de produtos e serviços naturais, muitas das populações locais continuam vivendo em relativa pobreza.
O rio Amazonas é o eixo da vida
Com mais de 6.400 km de extensão, o rio Amazonas é o segundo rio mais longo do mundo (o primeiro é o Nilo, na África).
Esse corpo d’água colossal, alimentado por muitos afluentes, é o eixo da bacia hidrográfica Amazônica e desce do alto dos Andes até o oceano Atlântico, onde deposita suas águas.
As águas levadas pelo Amazonas ao mar equivalem a quase um sexto de toda a água doce que deságua nos oceanos do mundo.
A Amazônia não é só verde e selvagem
Então, a Amazônia é meramente uma enorme extensão uniforme de floresta tropical cortada em duas por um extenso rio? Essa percepção sobre a Amazônia é muito superficial.
Na verdade, trata-se de um ambiente extremamente complexo e dinâmico. A bacia hidrográfica é composta por uma variedade de paisagens e ecossistemas, que incluem florestas tropicais úmidas, florestas inundadas ou várzeas, savanas e uma rede intrincada de rios, lagos e igarapés.
Calor e umidade
Úmida e quente, a região amazônica possui todos os atributos típicos de um ambiente tropical. A temperatura média geralmente fica em 27,9 °C durante a estação da seca e em 25,8°C durante a estação das chuvas.
A umidade relativa do ar é muito elevada e atinge em média 88% na estação das chuvas e 77% na estação da seca. Chove e faz calor quase todos os dias do ano.
O ciclo das águas: um processo natural muito eficiente
Todos os anos, caem sobre a floresta amazônica chuvas torrenciais – entre 1.500 mm e 3.000 mm. De onde vem toda essa água?
Os ventos alísios que sopram desde o oceano Atlântico respondem por cerca de metade dessas chuvas. A outra metade provém da evapotranspiração, ou seja, a perda de água do solo por meio da transpiração das plantas e da evaporação.
Se a evapotranspiração e seu papel na manutenção do equilíbrio ecológico forem prejudicados, o que pode acontecer, por exemplo, com o desmatamento de grandes áreas, haverá um impacto significativo na região amazônica – e muito além dela.

A Amazônia possui pelo menos 40 mil espécies vegetais
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1Da Silva et al. 2005. The Fate of the Amazonian Areas of Endemism. Conservation Biology 19 (3), 689-694
2Lewinsohn T. M.and Prado P.I. 2005. How Many Species Are There in Brazil? Conservation Biology. Volume 19 (3), 619
3Woodshole Institute. The Amazon. http://www.whrc.org/southamerica/. Acessada em 28/9/2005
4Instituto Socioambiental. Indigenous peoples in Brazil. http://www.socioambiental.org/pib/english/whwhhow/index.shtm
Acessada em 7/12/2005
*Queixalos F, Renault-Lescure O., eds. 2000. The Amazonian languages today. I.R.D., I.S.A., M.P.E.G. Instituto Socioambiental, São Paulo
5WWF. Amazon River and Flooded Forests.
http://www.panda.org/about_wwf/where_we_work/ecoregions/
amazon_river_forests.cfm
Acessada em 7/12/2005
6Zeil 1979 in Kricher 1997
7Woodshole Institute. The Amazon. http://www.whrc.org/southamerica/. Acessada em 28/9/2005
8Junk and Furch, 1985 in Kricher, 1997
9Salati and Vose, 1984 in Kricher, 1997
10US Geological Survey. Glossário. http://biology.usgs.gov/s+t/SNT/noframe/zy198.htm.
Acessada em 10/10/05.
11Junk and Furch, 1985 and Holloway, 1993 in Kricher, 1997
12Junk and Furch, 1985 and Holloway, 1993 in Kricher, 1997
13Kircher, 1997