Carta aberta em defesa da Amazônia e dos Povos da Floresta é entregue ao governo
08 setembro 2023
No dia da Amazônia, em sessão solene no Palácio do Planalto, participantes da Semana da Sociobiodiversidade entregam carta aberta ao Governo Federal com mais de 60 recomendações em defesa do bioma.
Por WWF-Brasil
A defesa da Amazônia e da Aliança dos Povos da Floresta é a base da carta aberta divulgada pelos líderes de organizações sociais e populares que participaram da Semana da Sociobiodiversidade, evento apoiado pelo WWF-Brasil e que reuniu mais de 230 pessoas em Brasília, entre 31 de agosto e 6 de setembro.
A defesa da Amazônia e da Aliança dos Povos da Floresta é a base da carta aberta divulgada pelos líderes de organizações sociais e populares que participaram da Semana da Sociobiodiversidade, evento apoiado pelo WWF-Brasil e que reuniu mais de 230 pessoas em Brasília, entre 31 de agosto e 6 de setembro.
O documento foi apresentado no dia 4 de setembro, na Câmara dos Deputados, durante sessão solene em homenagem ao Dia da Amazônia (5/9). O evento contou com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que recebeu a carta das mãos do presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Júlio Barbosa.
Com o tema Dia da Amazônia: 35 anos do legado de Chico Mendes, Avanços e Desafios para a Luta dos Territórios Tradicionais de Uso Comum em Vista da COP-30, a solenidade também contou com a presença da nossa parceira Angela Mendes, presidenta do Comitê Chico Mendes e filha do ativista político.
Também na Câmara dos Deputados foi promovida uma audiência pública sobre direitos trabalhistas e economias da sociobiodiversidade. Na véspera do Dia da Amazônia, as lideranças aproveitaram os dois eventos, ambos de iniciativa do deputado federal Airton Faleiro (PT-PA), para reiterar o posicionamento defendido na carta aberta frente ao contexto de ameaças aos territórios de uso coletivo.
“Na floresta tem uma economia sustentável e solidária, uma diversidade sociocultural que preserva os modos de vida, as culturas e tradições dos povos e comunidades tradicionais. Cabe a nós, o Estado brasileiro, reconhecer essa diversidade como sujeitos comuns, mas também como sujeitos de direito”, declarou o secretário-geral do CNS, Dione Torquato.
Em trecho da carta, as lideranças afirmam que, “mesmo com a lacuna de políticas públicas, de regularização de parte de nossos territórios e o devido reconhecimento e retribuição por nossos conhecimentos e serviços, somos responsáveis pela conservação, manejo e proteção de mais de 36% do território nacional e sua biodiversidade”.
Em 5 de setembro, Dia da Amazônia, participantes da Semana da Sociobiodiversidade estiveram numa solenidade no Palácio do Planalto e entregaram o documento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A carta construída durante a Semana da Sociobiodiversidade possui mais de 60 recomendações e é dividida em oito eixos de incidência: gestão e governança territorial; políticas públicas; instrumentos econômicos e financiamentos; relação empresas e PIQCTs (Povos Indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais); assistência técnica e extensão rural – ATER; trabalho digno de extrativista; e COP-30. Para conferir o documento completo, acesse o link ao lado.