Comunicadora do WWF-Brasil se junta à expedição
outubro, 22 2008
Depois de cinco dias acompanhando a expedição à distância, Ana Cíntia Guazelli enfim se junta ao grupo no rio Negro. A repórter saiu de Brasília e teve de enfrentar quase 30 horas de viagem, que incluiu dois trechos em avião e um longo trecho em voadeira. A partir de agora, as notícias do blog serão ainda mais fresquinhas.
Por Ana Cíntia Guazzelli Saí de Brasília ontem, às 9h, e depois de quase 30 horas finalmente aportei no barco Comandante Quadros II. Deixei o hotel em Manaus, hoje, por volta das 4h30, para pegar um avião rumo a Barcelos/AM. Lá, fui recepcionada por Samuel Tararan e pela cozinheira Célia, que aproveitaram a ida à cidade para fazer compras de comida, remédios e materiais de pesquisa que faltavam na expedição.
No interior das ilhas do Arquipélago de Mariuá, onde a equipe se encontra, a beleza cênica é indescritível. A água negra do rio contrasta com a areia branquinha das extensas praias que surgem com a baixa do nível da água.
Hoje pela manhã, a equipe de comunicação acompanhou o biólogo Márcio Luiz de Oliveira, especialista em abelhas, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). É baixa a densidade destes animais nos locais visitados. A homogeneidade dos ambientes e a falta de floração nesta época do ano foram apontadas pelo pesquisador como possíveis causas para a baixa incidência desses insetos. Algumas abelhas foram capturadas em armadilhas feitas por ele mesmo com garrafas pet.
À tarde, Samuel distribuiu as camisetas confeccionadas especialmente para a Expedição Mariuá-Jauaperi e chapéus para tripulantes, pesquisadores, técnicos e comunicadores.
Amanhã cedinho o barco parte para o rio Jufaris, onde deve se encontrar com a outra equipe da expedição, que esteve na comunidade de Caicubi nos últimos cinco dias. Eu, Zig Koch e Robson Maia acompanharemos os ornitólogos, a partir das 5h, na busca de um bando de pássaros que se exibem para atrair as fêmeas para a reprodução.
Agora são 20h45 (horário do Amazonas, que não entrou em horário de verão). Vamos tentar gravar a captura de morcegos por Janaína Gazarini, especialista em quirópteros, que montou 12 redes na praia do Papagaio, distante a 15 minutos de voadeira do local onde o barco está atracado. Se tudo der certo, amanhã teremos fotos dos pequenos mamíferos alados.
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