O que Adriana, Fatima, Matheus e Arcanja têm em comum?

janeiro, 15 2020

Pessoas de idades e regiões diferentes mostram na prática como funciona o desenvolvimento sustentável
Pessoas de idades e regiões diferentes mostram na prática como funciona o desenvolvimento sustentável

Por Taís Meireles


Adriana, Fatima, Matheus e Arcanja são apenas alguns dos nomes de pessoas reais que estão fazendo acontecer o desenvolvimento sustentável no país.

Adriana Lina Maciel vive na comunidade quilombola Furnas de Boa Sorte, próximo à cidade de Campo Grande (MS). Sua rotina de trabalho inclui sair com os dois filhos pequenos e a mãe, uma senhora já de idade, para o mato e procurar sementes. Isso mesmo! Ela recolhe sementes de jatobá, moringa, baru e tantos outros frutos do Cerrado para ajudar em um projeto de restauração florestal próximo ao local onde vive.

Adriana é uma das 2,5 milhões de pessoas beneficiadas pelo Programa Água Brasil, parceria do WWF-Brasil com o Banco do Brasil, a Agência Nacional de Águas e a Fundação Banco do Brasil pelo desenvolvimento sustentável no país. Graças ao trabalho de Adriana e de outros membros da Rede de Sementes da bacia do Guariroba, foi possível restaurar 66,18 hectares de floretas na bacia hidrográfica entre 2016 e 2019.



Outra mulher que está em busca de um futuro mais verde para seus filhos e netos é a Fatima Cabral, agricultora da bacia do Pipiripau, no Distrito Federal. Ela é a presidente da Associação dos Produtores Agroecológicos do Alto São Bartolomeu (Aprospera) e também beneficiária do Programa Água Brasil.

Em 2010, quando teve o primeiro contato com o desenvolvimento sustentável, por meio do Projeto Produtor de Água do Pipiripau, ela produzia de forma convencional em sua terra, com um monte de agrotóxicos.

“Começamos sem entender direito. Produzir água? Como assim? Da experiência individual foi para o coletivo, para o território, para o DF, para o Brasil e para o mundo. Sonho que se sonhou junto, se executou junto e hoje é uma linda realidade reconhecida internacionalmente”, comemora.

Com a dedicação de Fatima e dos demais produtores da região, 44,8 hectares de florestas foram recuperados na bacia entre 2016 e 2019, a maioria se transformando em agroflorestas 100% orgânicas, com alimentos que vão para os co-agricultores das Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA) da região. A da Fatima, é a CSA Pé na Terra, que ela montou com os dois filhos e nora.



Bem pertinho de dona Fatima, vive o Matheus Gomes, um dos jovens que está fazendo a diferença na bacia do Descoberto, também no DF. Depois de uma capacitação do Programa Água Brasil, o Matheus se mudou de volta da cidade para o campo e está ajudando a mãe dele, Andreia, com a CSA Dona Maria Concebida.

Ele foi uma das 111 pessoas que receberam cursos de capacitação na região, com o intuito de melhorar o trabalho no campo e conseguir restaurar os 49,10 hectares de vegetação nativa conquistados entre 2016 e 2019 na bacia do Descoberto.



Já lá no norte de Minas Gerais, a história não é muito diferente! A Dona Arcanja, uma das associadas da Cooperativa dos Agricultores Familiares e Agroextrativistas do Vale do Peruaçu (COOPERUAÇU), não sabia nada sobre desenvolvimento sustentável e hoje está exportando pequi até para o Japão!
 
O trabalho da cooperativa que ela participa surgiu graças ao apoio do Programa Água Brasil e hoje é uma forma de fortalecer a comunidade da bacia do Peruaçu, ao mesmo tempo em que ajuda a manter o Cerrado em pé na região.



Saiba mais sobre o Programa Água Brasil: wwf.org.br/programaaguabrasil
Adriana Lina Maciel, coletora de sementes da comunidade quilombola Furnas de Boa Sorte, próximo a Campo Grande (MS)
© Taís Meireles / WWF-Brasil
Fatima Cabral, agricultora da bacia do Pipiripau e presidente da Associação dos Produtores Agroecológicos do Alto São Bartolomeu (Aprospera)
© Victor Diniz / WWF-Brasil
Matheus Gomes, um dos jovens que está fazendo a diferença na bacia do Descoberto, também no DF
© Rayssa Coe / WWF-Brasil
Dona Arcanja, uma das associadas da Cooperuaçu, não sabia nada sobre desenvolvimento sustentável e hoje já está exportando pequi até para o Japão!
© Rayssa Coe / WWF-Brasil
DOE AGORA
DOE AGORA