“Rede de Sementes do Xingu” conquista 1º lugar no Desafio Ambiental
setembro, 26 2017
A ação do WWF-Brasil premiou iniciativas inovadoras e modelos de negócio em restauração ecológica em diversos biomas brasileiros
“Recebemos 130 propostas que envolvem a sustentabilidade ambiental e cerca de 118 que de fato promovem a restauração, de pequena à larga escala em diversos estados brasileiros, com autoria de diversas origens como universidades, centros de pesquisa, ONGs, pessoas físicas, produtores rurais, povos indígenas, etc.”, explica Leda Tavares, especialista em conservação do WWF-Brasil e líder desse projeto.
O Desafio Ambiental, foi segundo ela, uma resposta à necessidade de o Brasil fortalecer o movimento pela segurança climática e a concretização de seus compromissos assumidos em restauração florestal.
Ao mesmo tempo, a ação buscou por negócios sustentáveis e ferramentas inovadoras, oferecendo um “combo” como forma de premiação. Do universo de 130 iniciativas inscritas, o concurso escolheu oito, proporcionando a elas:
- processo de imersão em grupo, com troca de experiências, consultoria e workshops para melhoria das práticas com orientação do Impact HUB e Sebrae;
- prêmio em dinheiro para três escolhidos sob formato de juris técnico e popular;
- visibilidade e conexão à rede de organizações da área, experts e possíveis investidores.
- “Zoneamento Climático” da Universidade Federal de Viçosa (UFV);
- “Rede de Sementes Xingu” da Associação Rede de Sementes do Xingu;
- “No Clima da Caatinga” da Associação Caatinga;
- “Carbono Neutro (PCN)” do Idesam;
- “Potencial das Nativas da Mata Atlântica para fortalecimento do ecomercado e recuperação do Cinturão Verde de SP” do Instituto AUÁ;
- “Restauração florestal com retorno econômico na Mata Atlântica” do Lastrop;
- Viveiro Lua Nova
- Nucleário
A Associação Rede de Sementes do Xingu foi o primeiro colocado, recebendo um incentivo de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e a iniciativa do Instituo AUÁ de Empreendedorismo Socioambiental ficou com o segundo lugar e recebeu R$3.00,00 (três mil reais). Com 755 dos votos válidos, o projeto da Universidade Federal de Viçosa venceu o júri popular, ganhando R$ 2.000,00.
A Rede de Sementes do Xingu se consolidou como a maior rede de sementes nativas do Brasil, da qual participam 600 coletores indígenas, ribeirinhos, agricultores familiares e urbanos, produtores rurais, técnicos e parceiros. Assista: https://youtu.be/Ix4J14uBWEo.
O evento de premiação contou com a presença da diretora da Associação, Bruna Dayanna Ferreira, do conselheiro Fiscal, Rodrigo Junqueira, e do consultor, Danilo Ignacio, que receberam o prêmio das mãos do cantor Lenine e do Presidente do Conselho do WWF-Brasil, Paulo Sodré.
“É um reconhecimento muito importante para a Rede. Reconhecimento do trabalho que faz a diferença, valoriza a floresta e gera recursos para as comunidades locais no Xingu e Araguaia. Além disso, o prêmio abre um leque de novas possibilidades, novos mercados e novas parcerias institucionais”, afirmou Bruna.
Com dez anos de existência, a Rede acumula inúmeras histórias, desafios e vitórias. Ao todo, já foi viabilizada a recuperação de mais de 5 mil hectares de áreas degradadas, utilizando 75 toneladas de sementes nativas, coletadas e beneficiadas por 450 coletores. Um total de R$ 2,5 milhões já foi repassado para as comunidades.
O Desafio Ambiental: empreendedorismo e inovação em restauração florestal do WWF-Brasil é uma parceria com Impact HUB, Sebrae, Ministério do Meio Ambiente e Pacto pela Restauração da Mata Atlântica.
Conheça mais sobre os finalistas aqui.
O projeto contou com o apoio também da Fundação Banco do Brasil, parceria do WWF-Brasil, da Agência Nacional de Águas e do Banco do Brasil por meio do Programa Água Brasil. Uma das oito iniciativas finalistas do Desafio Ambiental será colocada em prática em uma das quatro bacias em que o programa atua, Guariroba (MS), Descoberto (GO/DF), Pipiripau (GO/DF) e Peruaçu (MG).