Só com investimento é possível transformar sociobioeconomia em ferramenta de combate às crises climáticas e de biodiversidade

março, 27 2024

Lula e Macron anunciam programa de R$ 5,4 bi para bioeconomia na Amazônia
Por WWF-Brasil

É positivo o anúncio dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Emmanuel Macron, da França, em visita a Belém do Pará nesta terça-feira (26), sobre a criação de um Plano de ação sobre a bioeconomia e a proteção das florestas tropicais, com a finalidade de apoiar  as soluções baseadas na natureza e incentivar o desenvolvimento sustentável na Amazônia. Espera-se agora que o investimento anunciado se concretize em projetos e iniciativas que efetivamente beneficiem comunidades tradicionais e povos indígenas, que são os verdadeiros guardiões dos biomas brasileiros.

O fortalecimento das cadeias produtivas da sociobiodiversidade, além de ser uma ferramenta de combate às mudanças climáticas, atua para a valorização dos povos e seus saberes tradicionais. Essas iniciativas mostram que a conservação não se opõe ao crescimento econômico, desde que se baseie na utilização eficiente das terras agricultáveis e em um maior aproveitamento dos ativos da biodiversidade.

Nota técnica do WWF-Brasil já mostrou que as exportações brasileiras teriam maior valor agregado se o país aderisse a um modelo de desenvolvimento sustentável, priorizando a sociobioeconomia, valorizando recursos naturais e as populações locais. Isso é possível não só na Amazônia, mas é medida urgente no Cerrado brasileiro, ameaçado pelo avanço de novas fronteiras agrícolas e dados alarmantes de desmatamento. 

Para tanto, é essencial que os pronunciamentos de hoje se convertam em ações que, de fato, promovam financeiramente o desenvolvimento de uma bioeconomia baseada na riqueza biológica e cultural de cada bioma, gerando bem-estar e renda para povos indígenas e comunidades locais.
O WWF-Brasil espera que o investimento anunciado se concretize em projetos e iniciativas que efetivamente beneficiem comunidades tradicionais e povos indígenas, que são os verdadeiros guardiões dos biomas brasileiros.
© Christian Braga / WWF-Brasil
DOE AGORA
DOE AGORA