Chico Bento vai ao Pantanal

novembro, 13 2017

Na história, o caipira mais querido do país visita o bioma e conhece suas belezas e problemas
Na história, o caipira mais querido do país visita o bioma e conhece suas belezas e problemas

Por WWF-Brasil


Chico Bento e Juma tentam pescar no Pantanal, mas não conseguem. O que parecia uma tarefa fácil se transforma numa missão impossível. Enquanto os dois procuram um local, percebem que a contaminação, o excesso de lixo e o assoreamento dos rios impedem que haja peixes. Eles também veem com tristeza o desmatamento das matas ciliares que protegem os rios. Assim começa a aventura registrada no gibi “Chico Bento vai ao Pantanal” lançado pelo WWF-Brasil e Maurício de Sousa Produções para comemorar o Dia do Pantanal 2017, celebrado anualmente em 12 de novembro.

A parceria do caipira mais querido do Brasil com o WWF-Brasil completa quatro anos. Em 2014, Chico Bento foi nomeado “Embaixador da Proteção das Nascentes das Cabeceiras do Pantanal”. Desde então, Chico Bento vem se dedicando a divulgar a necessidade de conservar o Pantanal, a maior área úmida do planeta, juntamente com o WWF-Brasil. “O Chico Bento sempre esteve conectado com a natureza, sempre vivenciou a necessidade das ações de conservação. É uma personagem que tem tudo a ver com o nosso trabalho, com a nossa missão. É uma honra tê-lo conosco defendendo o Pantanal”, diz Júlio César Sampaio, coordenador de Comunicação do WWF-Brasil. Para Mônica Sousa, diretora executiva da Mauricio de Sousa Produções, a parceria tem sido positiva. “É muito gratificante saber que o Chico, com sua simpatia e sabedoria popular, ajuda a chamar a atenção das famílias para o tema da preservação das nascentes do Pantanal”, diz.

Foram distribuídos 5.000 gibis no Parque da Mônica último no fim de semana, e a TV Cultura e o Cartoon Network exibiram a animação.  Os visitantes do Parque da Mônica foram convidados a fazer uma “serfie” em defesa do Pantanal usando a hashtag #ChicoBentoVaiAoPantanal.

Pantanal 
O Pantanal é a maior área úmida continental do planeta e berço de rica biodiversidade. Possui uma área aproximada de 170.500,92 km², distribuídos no Brasil (62%), nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, 20% na Bolívia e 18% no Paraguai. Sua área equivale à soma das áreas de quatro países europeus – Bélgica, Suíça, Portugal e Holanda. Pela importância ambiental, foi decretado Patrimônio Nacional, pela Constituição de 1998, e Patrimônio da Humanidade e Reserva da Biosfera, pelas Nações Unidas, em 2000.

No bioma já foram registradas pelo menos 4.700 espécies, incluindo plantas e vertebrados. Desse total, 3.500 são espécies de plantas (árvores e vegetações aquáticas e terrestres), 325 peixes, 53 anfíbios, 98 répteis, 656 aves e 159 mamíferos.

O rico e tão singular bioma Pantanal é extremamente sensível a qualquer interferência. Os impactos das ações humanas no bioma têm influencia diretamente no equilíbrio do clima, umidade do ar e na conservação da biodiversidade e do solo, com o agravante de que o homem pantaneiro desapareça, levando consigo sua cultura, crenças, conhecimento tradicional.

WWF-Brasil no Pantanal
O WWF-Brasil realiza ações de conservação compartilhadas com o Brasil, o Paraguai e a Bolívia e busca reduzir as ameaças das atividades humana, promovendo o desenvolvimento de boas práticas produtivas, o planejamento sistemático do território, o desenvolvimento de hábitos responsáveis de consumo e a proteção dos ecossistemas aquáticos. Uma dessas ações estratégias do WWF-Brasil pela conservação das águas é o Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal. A aliança entre os setores público e privado e organizações-não governamentais do estado em Mato Grosso tem por objetivo recuperar nascentes degradadas e implementar boas práticas produtivas para a conservação dos rios Jaurú, Sepotuba, Cabaçal e Paraguai.

O WWF-Brasil ainda apoia a pecuária sustentável, modo de produção que vem garantindo a conservação do bioma e sua biodiversidade. Também trabalha com projetos de conservação do tatu-canastra e tamanduá-bandeira, duas espécies ameaçadas de extinção, e estimula a criação de RPPNs (Reservas Privadas do Patrimônio Natural) e corredores ecológicos.
Gibi inédito foi lançado para comemorar o Dia do Pantanal 2017
© WWF-Brasil
Mônica Sousa fala sobre a parceria de mais de 3 anos entre MSP e WWF-Brasil
© WWF-Brasil
Chico Bento foi nomeado protetor das nascentes do Pantanal em 2014
© WWF-Brasil
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