WWF-Brasil realiza simpósio sobre Serviços Ecossistêmicos
maio, 21 2019
O evento refletiu como o tema pode ajudar na construção de políticas públicas
Thaís SantosCom supervisão de Renata A. Peña
Com o objetivo de refletir sobre os serviços ecossistêmicos, seus conceitos, oportunidades e aplicabilidades no Pantanal, o WWF-Brasil realizou um simpósio nos dias 14 e 15 de maio, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. “Nossa expectativa é saber como os serviços ecossistêmicos podem ser utilizados para influenciar os tomadores de decisões, as políticas públicas e o mercado”, conta Paula Isla Martins, analista de conservação do WWF-Brasil.
Durante o evento, foi verificada a importância de mostrar aos fazendeiros do Pantanal que manter a pastagem nativa em boas condições pode trazer mais benefícios do que introduzir pastagens exóticas - aquelas que não são nativas do bioma. “Pretendemos identificar como nós podemos valorar as pastagens nativas para que possamos ter algum projeto para quem conserva essas áreas. A partir daí, desenvolver um estudo para quantificar o valor das pastagens nativas dessas áreas úmidas. Em seguida, avaliar diferentes estados de conservação de pastagens nessas áreas e comparar com a as pastagens introduzidas nessas mesmas áreas. Assim conseguimos fazer a valoração dessas pastagens e observamos que elas têm um alto valor, um baixo impacto ambiental, maior renovabilidade e maior valor nutricioanal”, compartilha Sandra Aparecida Santos, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Pantanal).
Participaram do evento o Instituto Mupan, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a Embrapa Pantanal, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema – MT,) a Fan - Bolívia, Natura, o Ministério Público - MP e a Semagro – MS.
O que são os serviços ecossistêmicos?
Os serviços ecossistêmicos são a contribuição da natureza para o ser humano e que geram benefícios, como por exemplo a purificação da água e do ar. O termo serviços ecossistêmicos surgiu no fim da década de 1980 e foi sendo trabalhado e transformado ao longo dos anos. Eles podem ser divididos em três grandes grupos: serviços de provisão, serviços de regulação e serviços culturais, sendo o último o mais difícil de quantificar e valorizar.