Empresários propõem iniciativas para incentivar consumo responsável

abril, 11 2018

Com a escassez de água tornando-se um tema cada vez mais recorrente, dirigentes das maiores empresas do Brasil pedem maior articulação entre o setor privado, governo, academia e sociedade civil
Brasília, 06 de abril de 2018 – O VIII Fórum Mundial da Água foi palco, no último dia 20/03, de um debate que reuniu integrantes de algumas das maiores empresas com atuação no Brasil, para discutir a importância de ações tomadas ligadas ao setor privado, no auxílio à conservação dos recursos hídricos. Representantes do Banco do Brasil, Coca-Cola Brasil e Ambev apresentaram suas principais propostas para amenizar as mudanças climáticas e combater o risco hídrico, cada vez mais presente na vida de muitas comunidades no mundo todo.

Abrindo o circuito de discussões, a diretora de Sustentabilidade da Ambev, Carla Crippa, sinalizou para a nova marca da empresa, AMA, uma água mineral produzida de forma a converter 100% de sua arrecadação comercial para apoio em obras de infraestrutura e saneamento básico em comunidades carentes, principalmente da região Nordeste do país. “Precisamos, como membros da indústria, investir na proteção de bacias hidrográficas. Nós temos experts e membros da sociedade civil, como WWF, ao nosso lado, trabalhando em conjunto. Então, temos que dar o exemplo para outras empresas começarem a investir também nessas soluções”, afirma.
 
BB e WWF-Brasil juntando forças

Para atender a uma demanda crescente do mercado agroindustrial brasileiro, que já soma 60% da clientela do Banco do Brasil, desde 2010, o banco vem desenvolvendo o programa Água Brasil, em parceria com o WWF-Brasil e a Agência Nacional de Águas. Em nome da instituição bancária, Márcio da Gama, Gerente da Divisão de Economia Verde do Banco do Brasil do BB citou a importância da parceria para explorar boas práticas agropecuárias tendo em vista a redução do consumo de água e um melhor relacionamento da agroindústria com o meio ambiente. “Nossa principal preocupação é driblar os danos e riscos ecológicos em ambientes agroindustriais, e desenvolver uma produção sustentável e bem desenvolvida economicamente”, aponta.

A parceria busca, ainda, o aperfeiçoamento dos critérios socioambientais na análise de crédito e investimentos e a implementação de modelos de negócios sustentáveis. O setor bancário é estratégico para a conservação da natureza, em função do importante papel que exerce no financiamento da produção agrícola e de outras atividades.
Durante uma roda de debate com lideranças do setor privado, dirigente do Banco do Brasil apresentou a parceria com o WWF-Brasil
© WWF-Brasil / Bernardo Caldas
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