WWF-Brasil e Banco do Brasil discutem critérios socioambientais na cultura de commodities
outubro, 09 2017
Workshops sobre sistemas produtivos de soja, milho e algodão acontecem entre os meses de setembro e outubro
Os meses de setembro e outubro foram importantes para discutir sobre a produção de soja, milho e algodão. O diálogo sobre as três commodities fazem parte de uma série de workshops promovidos pela parceria entre o WWF-Brasil e o Banco do Brasil que irão acontecer até o segundo semestre de 2018.Os encontros aconteceram na Universidade Coorporativa do Banco do Brasil, em Brasília, e contaram com a participação de diversos atores da cadeia de produção de commodity. Entre eles, representantes de organizações da sociedade civil, iniciativa privada, academia, instituições financeiras, entidades públicas como Embrapa, Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e organizações de representação de classe como o Instituto Brasileiro de Algodão e Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) também estiveram presentes.
A metodologia utilizada para o desenvolvimento dos temas e análises, a Supply Risk Analysis, foi desenvolvida pelo WWF-US e consiste em um mapeamento dos riscos socioambientais associado a uma cultura em uma determinada região. A análise identifica os riscos potenciais associados aos aspectos ambientais e sociais envolvidos na produção agrícola daquela commodity, e utiliza essa análise para identificar quais são as atividades de mitigação que podem ser implementadas para diminuir esse risco.
É uma metodologia que permite uma visão holística da produção, a partir da discussão de diversos indicadores, como por exemplo: o consumo de água, insegurança fundiária, mudanças climáticas e impacto em populações indígenas.
Para Carolina Siqueira, líder deste projeto e analista sênior do programa Agricultura e Alimentos do WWF-Brasil, “levar esta metodologia para o Banco do Brasil, o maior agente financeiro de crédito rural no país, vai contribuir para que a agricultura brasileira adote melhores práticas socioambientais.”
A parceria entre a ONG e o BB existe há cerca de sete anos e visa equilibrar a expansão da produção e, ao mesmo tempo, promover o uso eficiente e responsável dos recursos naturais. Com a análise desses critérios socioambientais, o Banco do Brasil passa a ser também um indutor de boas práticas para uma produção responsável de commodities no país.
Os próximos workshops, dedicado às culturas de arroz e eucalipto irão acontecer no mês de novembro.