Workshop do WWF-Brasil reúne RPPNistas em torno do tema uso público
julho, 25 2017
Encontro discutiu como unir empreendedorismo e conservação
Por Nathália Santos e Taís MeirelesNa última sexta-feira (21), às 8h30, o café da manhã já estava sendo servido. Na mesa se reuniam os representantes de diversos setores que compartilharam conversas e a gastronomia vinda das frutas da Mata Atlântica, como geleia de Cambuçi e suco de Jussara.
O lugar escolhido para a reunião foi o Parque das Neblinas, reserva particular gerida pelo Instituto Ecofuturo, que faz parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e acumula conhecimentos e resultados adquiridos a partir de estratégias socioambientais de conservação da Mata Atlântica, além de inspirar a gestão de outras áreas naturais no Brasil.
Juntas, WWF-Brasil, Federação das Reservas Ecológicas Particulares do Estado de São Paulo (Frepesp) e Suzano Papel & Celulose organizaram o workshop, cujo tema foi Uso público e geração de receitas - Boas práticas em áreas protegidas. O encontro trouxe diversos atores da sociedade envolvidos com a gestão e a conservação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), que apoiam a conservação de áreas protegidas na Mata Atlântica.
Paulo Groke, diretor de Sustentabilidade do Instituto Ecofuturo, da Suzano Papel e Celulose, abriu a roda de conversa do encontro dando boas vindas e iniciando a troca de experiências. Daniel Venturi, analista de conservação do Programa Mata Atlântica do WWF-Brasil, reforçou a importância dessa troca entre os proprietários e as instituições com intuito de empreender e gerar oportunidades de negócios atreladas à conservação da Mata Atlântica, melhorando assim a efetividade dessas reservas.
Gestores dos Parques Estadual Serra do Mar e Estadual Restinga de Bertioga, outras importantes áreas protegidas de Mata Atlântica, relataram também suas práticas, assim como os representantes do Sesc/SP, que trouxeram um know-how sobre Turismo Social, e da Fundação Florestal (SP), que deram seus pareceres sobre a experiência com as RPPNs.
No almoço, a empresa Natural da Mata compartilhou a história de como se tornou um grande negócio aproveitando recursos da natureza e promovendo o desenvolvimento econômico do entorno. Todos celebraram com pratos da região.
No período da tarde o grupo realizou trilhas com experiência sensorial alinhadas ao Movimento Borandá, iniciativa incubada pelo WWF-Brasil que busca promover o uso público e desenvolver as áreas protegidas do país. O projeto, construído por meio de um esforço conjunto de sociedade civil, governo, empresas, meios de comunicação social e o WWF-Brasil, no âmbito do Programa Mata Atlântica, tem o objetivo de convidar as pessoas para conhecer melhor a Mata Atlântica por meio de caminhadas e atividades ao ar livre.
O WWF-Brasil e as RPPNs
O Estado de São Paulo possui 90 Reservas Particulares do Patrimônio Natural, que protegem uma área total de mais de 21 mil hectares. O WWF-Brasil apoia a Frepesp desde 2012 e contribui com ações estratégicas de incentivo e fomento junto a proprietários rurais para a criação e o aumento da efetividade de gestão das áreas.
Desde então, mais de 21 RPPNs foram reconhecidas e o WWF Brasil e a Frepesp somam esforços para a melhoria da gestão dessas áreas, contribuindo com apoio para mais de 150 famílias que lutam pela conservação da biodiversidade da Mata Atlântica.
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