março, 31 2020
Por Ana Duarte
Após viver sete anos em alto mar e ser uma das fundadoras da Liga das Mulheres pelos Oceanos, Barbara Veiga comenta que a ligação da cidades com os oceanos é mais direta do que parece. O aquecimento dos oceanos, mudanças climáticas, poluição dos mares e exploração dos recursos marinhos começa com o hábito de quem vive nas cidades. E pequenas mudanças na rotina são transformadores. “Escolher um produto com certificado de sustentabilidade, evitar o uso de plástico e entre outras pequenas ações se adotadas de maneira coletiva são importantes para a conservação”, diz.
A conexão das pessoas com os oceanos nem sempre é óbvia disse o oceanólogo e gerente de comunicação e marketing da Rare Brasil, Enrico Marone, ressaltou a importância de se pensar a relação da vida terrestre com a vida marinha. “A vida no planeta surgiu no mar, ele é fundamental para a manutenção da vida no planeta. Isso é indiscutível. Os oceanos são responsáveis por produzir mais de 70% do oxigênio da atmosfera e também produzem alimento para grande da população por meio de pescados e frutos do mar. A vida marinha é indispensável para a vida na Terra", afirma Marone.
O que comemos pode ajudar a conservar os oceanos. Um exemplo é buscar pescados de origem sustentável. Segundo Enrico, o consumo de peixe está gradativamente aumentando ao longo dos anos, o que pode ser explicado pelo aumento da população global. No Brasil, afirmou, que a pesca artesanal é de extrema importância para o país, uma vez que “a cada 200 brasileiros um dele é pescador e 90% desse grupo é formado por pescadores de pequena escala”.
O Brasil é um dos maiores consumidores de carne de tubarão e raias no mundo. “O cação, que na verdade é tubarão, tem uma função extremamente importante na vida marinha. É o equivalente a onça-pintada são os tubarões para o mar, são animais topo de cadeia que auxiliam na regulação de todo o ecossistema. Importante o consumidor buscar informações sobre a origem do pescado, para saber se o produto não está em período de defeso”, afirma Anna Carolina.
Promovido desde 2007 pelo WWF, o movimento Hora do Planeta tem como objetivo chamar a atenção para as questões ambientais e reafirmar o compromisso de todos os setores da sociedade (empresas, governos, comunidade acadêmica e sociedade civil em geral) na luta contra o agravamento das mudanças climáticas, além sensibilizar todas as pessoas para esse assunto que diz respeito a cada um de nós.
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