WWF-Brasil fornece EPI para voluntários que atuam na retirada de petróleo cru

outubro, 28 2019

Mais de 500 respiradouros semi faciais com dois filtros e mais de 400 pares de luvas nitrílicas foram entregues; o Equipamento de Proteção Individual (EPI) é o mais recomendado para este tipo de situação
Mais de 500 respiradouros semi faciais com dois filtros e mais de 400 pares de luvas nitrílicas foram entregues; o Equipamento de Proteção Individual (EPI) é o mais recomendado para este tipo de situação

por Douglas Santos
 
O WWF-Brasil forneceu Equipamento de Proteção Individual (EPI) para voluntários que atuam na retirada de petróleo cru no Nordeste brasileiro. Além disso, em parceira com o Projeto Conservação Recifal (PCR), Instituto Bioma Brasil (IBB) e a Oceânica – Pesquisa, Educação e Conservação promovem atividades de conscientização e treinamento para os voluntários. O PCR e o IBB atuam na costa de Pernambuco, uma das mais afetadas pelo vazamento, e a Oceânica atua em Natal (RN).

Neste fim de semana, o WWF-Brasil encaminhou mais de 500 respiradouros semi faciais com dois filtros e mais de 400 pares de luvas para as três instituições. “Os respiradouros e as luvas de nitrílico são mais indicados para este tipo de trabalho", afirma Vinícius Nora, analista de conservação do WWF-Brasil. “Os treinamentos e orientações dos especialistas das ONGs parceiras são fundamentais para evitar contaminações e efeitos colaterais do manuseio sem proteção do petróleo cru”, completa.
 
Aula aberta
Uma das primeiras ações da parceira foi uma aula aberta com mais de 200 alunos do colégio Apoio, em Recife (PE), realizada pelo professor Clemente Coelho Júnior, oceanógrafo com especialização em vida marinha e fundador do IBB.

“Conversamos sobre o histórico do problema e como as correntes marítimas funcionam aqui na nossa região. Entendemos a vontade dos adolescentes de estarem na linha de frente e essa conversa serviu também para alertamos sobre os riscos que o petróleo cru pode oferecer para a saúde e porque esse trabalho não deve ser realizado por crianças, adolescentes e gestantes”, diz Clemente, presidente do IBB.

O IBB foca seus trabalhos para alavancar o ensino e pesquisa, conservação e gestão aplicada de sistemas integrantes das zonas úmidas costeiras tropicais. Além de desenvolver trabalhos com as Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (PE/AL), Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE), Reseva Biológica de Atol das Rocas (RN), Reserva Extrativisa da Baía de Iguape (BA), Parque Municipal dos Manguezais (PE) e o Mosaico do Lagamar Iguape-Cananéia (SP-PR).

Segundo o coordenador do PCR, Pedro Pereira, a chegada dos EPIs vai melhorar a qualidade do trabalho dos voluntários. “Nossa preocupação, desde o início, é que esse desastre ambiental não se torne também um problema de saúde pública”, afirma Pereira.

O Projeto Conservação Recifal (PCR) atua no nordeste brasileiro, com grande foco em unidades de conservação como a Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais e Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, realizando pesquisa, oferencendo educação e capacitação ambiental junto das comunidades locais. Nas áreas impactadas pelo óleo no Nordeste, o PCR vem trabalhando em conjunto com a gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e outros projetos da sociedade civil, como Bioma Brasil, Meros do Brasil, Salve Maracaipe, Xô Plástico, Instituto Yande, Ecoassociados e colônias de pesca.

A Oceânica realiza ações de pesquisa, mapeamento e caracterização dos meios biológico, geomorfológico e social em áreas estratégicas do Rio Grande do Norte. Nas ações de educação ambiental a Oceânica trabalha tanto com o sistema educacional  formal, envolvendo educadores e alunos, quanto na educação informal, na capacitação de líderes locais e grupos de usuários do litoral.
Equipe Xô Plástico
© Xo Plástico
Palestra aos estudantes do colégio Apoio em Recife (PE).
© Valentina Coelho
Equipamentos de proteção entregues em Pernambuco
© Xo Plástico
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