Panda aterrissa em Fernando de Noronha!

09 maio 2017

O WWF-Brasil chegou com tudo na ilha. A organização, que está no país desde 1996 e executa projetos em diferentes áreas e biomas, agora atua também em Fernando de Noronha. Ali, por meio de seu Programa Mudanças Climáticas e Energia, começou uma nova etapa de parceria com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e vem desenvolvendo Projeto Aulas de Energia, entre outras ações.
Por Juliana Marinho

O WWF-Brasil chegou com tudo na ilha. A organização, que está no país desde 1996 e executa projetos em diferentes áreas e biomas, agora atua também em Fernando de Noronha. Ali, por meio de seu Programa Mudanças Climáticas e Energia, começou uma nova etapa de parceria com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e vem desenvolvendo Projeto Aulas de Energia, entre outras ações.
 
A relação do WWF com a ilha é antiga. Nos anos 1980, o WWF Internacional contribuiu para a criação do Projeto Tamar no arquipélago e para a abertura das primeiras trilhas do Parque Nacional Marinho. Desde setembro de 2015, o Programa Marinho do WWF-Brasil atua no arquipélago apoiando ações do Parque Nacional Marinho. Recentemente, foi firmado um termo de cooperação com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que prevê a ação de erradicação de espécies exóticas, atividades de uso público e promoção de pesca sustentável. Houve, inclusive, a doação de um barco para fiscalização do Parque.
 
Na área de energia, a parceria começou no início deste ano, quando o WWF-Brasil passou a assumir a administração do Espaço Aulas de Energia – Usina Solar Fernando de Noronha. O local foi desenvolvido pela Celpe com o objetivo de disseminar conceitos básicos de eficiência energética e informações sobre energias renováveis, com foco na energia solar. Em Fernando de Noronha, as duas usinas solares existentes representam a geração de 10% da energia da ilha.
 
Localizado na Usina de Tubarão, da Celpe, o Espaço é totalmente interativo e tem como carro-chefe o passeio de realidade virtual com os óculos Rift (usados em vídeo games), por meio do qual o visitante pode ter uma visão de 360 graus do arquipélago, além de “voar” do ponto mais alto, o Morro do Pico, até a Usina Noronha II. Além disso, oferece jogos interativos, maquetes virtuais, vídeos e um simulador de geração, que também controla toda a luz do ambiente, simulando noite e dia. Só no mês de março, o Centro recebeu 248 pessoas, entre moradores, turistas e pessoas a trabalho no arquipélago.
 
“O Espaço serve não só para as crianças, mas para os adultos de diferentes lugares do Brasil saírem com uma noção do leque de geração de energia existente, principalmente a microgeração. É uma maneira de instrumentalizar a população para cobrar mais energia limpa”, avalia Rafael Ferraz, analista de conservação do WWF-Brasil e um dos monitores do Espaço.
 
Para agendar visitas ao Espaço, basta ligar no número (81) 99974-1194. A visita dura em torno de 40 minutos.
 
Outras ações
No último dia 25 de março, aconteceu pela primeira vez em Noronha a ‘Hora do Planeta’, campanha do WWF para refletir sobre o consumo de energia e os hábitos nocivos ao meio ambiente, como o excesso de lixo, as emissões de CO2 na atmosfera e o desperdício de água. Durante uma hora, das 20h30 às 21h30, as luzes do Palácio da Administração, do Projeto Tamar, do prédio do ICMBio e dos Pics e quiosques do Parque Nacional Marinho se apagaram. Durante essa hora, Seu David, morador histórico da ilha, contou para a comunidade, a luz de velas, lendas e histórias e antigas de Noronha. No ano passado, a Hora do Planeta chegou a 178 países e territórios e a mais de 9.000 cidades e vilas.
 
Já nos dias 22 e 23 de abril, o WWF-Brasil comemorou o Dia Mundial da Bicicleta com eventos para adultos e crianças. No sábado, a atividade começou com uma conversa à noite, no auditório do Projeto Tamar, sobre a história da bicicleta no Brasil e no mundo, a vantagem deste meio de transporte limpo frente o aquecimento global e o aumento das emissões de CO2, além das iniciativas inspiradoras que acontecem por aí, como é o caso do Projeto Bike Noronha. Logo depois, cerca de 30 pessoas participaram de uma pedalada noturna (night bike) do até a Praia do Sueste, onde os ciclistas puderam apreciar a natureza exuberante e o céu estrelado como prêmio de chegada. Squezes e água gelada foram distribuídos antes de começar a pedalada.
 
No outro dia foi a vez das crianças. Logo cedo, quem chegou ao Projeto Tamar foi recepcionado por um lindo café da manhã, parceria com uma pousada da ilha. Logo depois, as crianças foram levadas ao Espaço Aulas de Energia – Usina Solar Fernando de Noronha, na Celpe, onde assistiram vídeos educativos e ambientais do WWF. Dali, se abasteceram de água e partiram rumo ao Fortinho do Boldró. Durante o trajeto, carros buzinavam saudando a caravana. Cerca de 30 crianças e pais tiveram o presente merecido na chegada: a vista do Morro Dois Irmãos e das praias do Bode e da Cacimba, em um tom de azul digno de um dia especial. As crianças menores foram aplaudidas ao chegar por último ao destino final, coroando o clima de amizade e união.
 
O morro Dois Irmãos é um dos pontos mais famosos da ilha
© WWF-Brasil
Pedalada em Noronha pelo Dia da Bicicleta
© WWF-Brasil
Visita ao centro de energia solar
© WWF-Brasil
Palestra no auditório do Tamar
© WWF-Brasil
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