Desperdício de alimentos é tema de campanha liderada pela Embrapa, FAO e WWF-Brasil
outubro, 17 2016
Para ampliar a consciência dos consumidores brasileiros sobre o desperdício de alimentos e gerar um impacto positivo nos hábitos de consumo alimentar, o WWF-Brasil, a Empresa Brasileira de pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO lançam a campanha #SemDesperdício como parte da programação do Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro.
Reduzir o desperdício de alimentos pela metade até o ano de 2030 é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável aprovados pelas Nações Unidas em 2015. Diversos países têm estabelecido planos de ação para alcançar a meta e campanhas como a “Love Food Hate Waste”, realizada no Reino Unido, têm alcançado bons resultados. Para ampliar a consciência dos consumidores brasileiros sobre o desperdício de alimentos e gerar um impacto positivo nos hábitos de consumo alimentar, o WWF-Brasil, a Empresa Brasileira de pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO lançam a campanha #SemDesperdício como parte da programação do Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro.A iniciativa, focada em mídias digitais, pretende apresentar aos consumidores as consequências negativas do desperdício de alimentos para o meio ambiente, o orçamento familiar e a segurança alimentar. Pesquisa mais recente da FAO, focada nos países da América Latina e Caribe, estima que 28% das perdas ocorrem na etapa de produção e outros 28% são perdidos no consumo. Há carência de dados com enfoque específico no Brasil, o que indica a necessidade de pesquisas nacionais para quantificar as perdas e desperdício local.
O desperdício na etapa de consumo é o mais danoso em termos de perdas de recursos financeiros e naturais e de mão de obra. Tudo o que foi necessário para produzir e transportar o alimento até o supermercado ou domicílio é desperdiçado quando o alimento se perde no final da cadeia. Em países como o Brasil, no qual a maior parte das sobras de alimentos ainda é descartada em lixões, o desperdício acarreta impacto ambiental negativo via emissão de gases de efeito estufa.
Para o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, a campanha surge por meio da iniciativa de três instituições de prestígio internacional. "Evitando o desperdício na etapa de consumo, economiza-se dinheiro, recursos naturais, normalmente escassos, e ampliam-se as possibilidades de enfrentamento da insegurança alimentar", afirma.
Para a FAO, o combate ao desperdício de alimentos é prioritário e deve estar presente na agenda de todos os governos. “Não é possível que em mundo onde ainda exista mais de 745 milhões de pessoas passando fome, o desperdício de alimentos seja tão alto e representativo. A mudança de hábitos de consumo deve ser estimulada”, ressaltou o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic.
“A crescente necessidade por alimento, principalmente em função de padrões de consumo de países desenvolvidos, é uma das maiores ameaças para o futuro do nosso planeta. Atualmente, em torno de 1.3 bilhão de toneladas de alimentos é desperdiçado mundialmente a cada ano, o que representa de 25 a 30% da área agricultável no mundo, e todos os insumos, sendo usados para produzir alimentos que são perdidos ou desperdiçados. Ou seja, a pressão que está sendo exercida na Terra pode ser reduzida e é nosso papel alertar, informar e envolver a sociedade para mudar essa realidade”, aponta Edegar Rosa, coordenador do programa Agricultura e Alimentos do WWF-Brasil.

Para ampliar a consciência dos consumidores brasileiros sobre o desperdício de alimentos e gerar um impacto positivo nos hábitos de consumo alimentar, o WWF-Brasil, a Empresa Brasileira de pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO lançam a campanha #SemDesperdício.
© WWF-Brasil

Pesquisa mais recente da FAO, focada nos países da América Latina e Caribe, estima que 28% das perdas ocorrem na etapa de produção e outros 28% são perdidos no consumo. Há carência de dados com enfoque específico no Brasil, o que indica a necessidade de pesquisas nacionais para quantificar as perdas e desperdício local.
© Katrin Havia-WWF Finland