Coalizão Brasil Clima Florestas e Agricultura divulga seu trabalho na COP21
dezembro, 02 2015
WWF-Brasil foi uma das organizações participantes na palestra desta terça-feira
O WWF-Brasil e o Observatório do Clima participaram nesta terça-feira (01), em Paris, da palestra Brazilian Coalition on Climate, Forests and Agriculture: building bridges with civil society worldwide, um espaço que a Coalizão Brasil Clima Florestas e Agricultura abriu para mostrar suas ações e trocar experiências com grupos semelhantes ao redor do mundo.O evento fez parte da agenda do segundo dia da Conferência da ONU para as Mudanças Climáticas (COP-21) e foi sediado na chamada Zona Verde do centro de convenções Le Bourget. Estiveram presentes na mesa Roberto Waack (Amata e presidente do Conselho do WWF-Brasil), Antônio Hill (Diretor Executivo da Global Call for Climate Action - GCCA), José Luciano Penido (presidente do Conselho de Administração da FIBRIA Celulose) e Carlos Rittl (secretário-executivo do Observatório do Clima). A mediação foi do especialista em negociações do clima do WWF-Brasil e da rede WWF, Mark Lutes.
Waack e Penido abriram o evento, falando a respeito da história e do trabalho da Coalizão, que surgiu no final de 2014, unindo associações empresariais, empresas, organizações da sociedade e indivíduos interessados em contribuir para o avanço das agendas ambientais no Brasil e no mundo – especialmente nas áreas de proteção, conservação e uso sustentável das florestas, agricultura sustentável e mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
“Hoje, a Coalizão é um grupo de organizações que estavam infelizes com a situação ambiental do país e que perceberam que juntos poderiam fazer mais, unindo as agendas de clima e sustentabilidade. Às vezes, não é a plataforma dos sonhos, mas é uma plataforma”, comentou Waack, falando também do desafio que é administrar os anseios e prioridades de cada participante, unindo tudo em uma bandeira comum.
Perguntado sobre um possível contrassenso de uma empresa de papel participar da coalizão em prol das florestas, Penido, comentou a experiência da Fibria, que teve que assumir seis compromissos sustentáveis ao aderir à coalizão. “Com isso, o grupo também incentiva as empresas a serem mais sustentáveis”, diz.
Antônio Hill comentou sobre o grande desafio que é trabalhar com um grande número de organizações, que possuem interesses distintos, e parabenizou a iniciativa. “O Brasil é um país extremamente importante em diferentes aspectos. Para uma empresa ou uma organização, saber que pode contar como um grupo como o de vocês é algo muito importante”, disse.
Por fim, Carlos Ritl relatou um pouco da experiência com o Observatório do Clima e como os assuntos da organização estão extremamente relacionados aos da Coalizão. “Com o tempo, a mentalidade das pessoas em relação às mudanças climáticas evoluiu. Em 2009, as alterações do clima eram tratadas como uma agenda da desgraça. Seis anos depois, nós mudamos a forma como encarar essa agenda. Se formos espertos, vamos transformar esses desafios em oportunidades de desenvolvimento econômico”, acrescenta.
Cerca de 50 pessoas, entre brasileiros e participantes internacionais, assistiram à apresentação, que terminou com um convite: “esse é um movimento bastante amplo e justo. Não se paga nada para entrar e ainda usamos parte da verba que temos para permitir que organizações pequenas também participem das reuniões presenciais”, disse Waack, respondendo a uma das perguntas.
Para saber mais, acesse http://coalizaobr.com.br/