Escolas são incubadoras de mudanças sociais
fevereiro, 18 2013
Pegada Ecológica pode se consolidar como parte de política pública federal
por Aldem BourscheitAconteceu na última semana mais uma etapa do curso para formação de Escolas Sustentáveis e Com-Vida, desta vez na Universidade Federal do Mato Grosso, em Cuiabá. Na ocasião, a professora e analista de Educação Ambiental do Programa Cerrado-Pantanal do WWF-Brasil, Terezinha Martins, apresentou conceitos e ações ligados à Pegada Ecológica.
“Com mais compreensão e capilaridade, a Pegada Ecológica poderá se consolidar como parte do ´cardápio´ das escolas sustentáveis. Assim, nas redes de ensino haverá mais profissionais engajados na busca de soluções para reduzir a pegada ecológica, algo positivo para o conjunto da sociedade e para o planeta”, ressaltou.
De forma resumida, a Pegada Ecológica é o cálculo do território que uma pessoa ou uma sociedade usam para sustentar suas formas de alimentação, moradia, locomoção e lazer. Logo, ela permite comparar diferentes padrões de consumo e verificar se estão dentro da capacidade ecológica da Terra.
Já a iniciativa das Escolas Sustentáveis e Com-Vida estimula a criação de espaços e de práticas sustentáveis em escolas públicas. Assim, as instituições de ensino podem se tornar “incubadoras” de mudanças concretas na sociedade.
O programa foi desenhado pelas universidades federais de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e de Ouro Preto e incorporado pelo Ministério da Educação (MEC). Assim, tornou-se uma política pública fundamentada na
qualificação de currículos escolares, em alterações no espaço físico das escolas, na gestão ambiental e no olhar sobre o território.
"Queremos uma sociedade mais comprometida com a condição do planeta", ressaltou Michèle Sato, coordenadora do Grupo Pesquisador em Educação Ambiental da Universidade Federal do Mato Grosso.
“Academia, governo e sociedade civil se aliam numa proposta inovadora de buscar melhorar o planeta de todos nós, provocando uma reflexão sobre modelos insustentáveis de consumo e para o fato de que nem todos conseguer ter uma vida adequada”, completou.
A próxima etapa da iniciativa contará com recursos de edital do MEC e trabalhará ecotécnicas viáveis em escolas públicas, como captação de água de chuva, separação de lixo e implantação de viveiros.
São 300 vagas para professores e membros da comunidade das redes públicas estadual e municipal nos pólos de Barra do Bugres, Jauru, Pontes e Lacerda, Lucas do Rio Verde, Guarantã do Norte e Nova Xavantina, no Mato Grosso.