Saiba mais sobre o Mosaico de Apuí

junho, 25 2006

Ao cruzar a fronteira do Mato Grosso como o Amazonas, os integrantes da expedição Juruena-Apuí atingem outro importante território de áreas protegidas, o mosaico de Apuí (AM). Com cerca de 2.467.243,619 de hectares, esse mosaico é formado por nove unidades de conservação (UCs), com diferentes propostas de manejo, entre: parques, reservas de desenvolvimento sustentável e extrativistas.

Ao cruzar a fronteira do Mato Grosso como o Amazonas, os integrantes da expedição Juruena-Apuí atingem outro importante território de áreas protegidas, o mosaico de Apuí (AM). Com cerca de 2.467.243,619 de hectares, esse mosaico é formado por nove unidades de conservação (UCs), com diferentes propostas de manejo, entre: parques, reservas de desenvolvimento sustentável e extrativistas.

Além do Parque Estadual do Sucunduri, visitado pela expedição Juruena-Apuí, as outras unidades de conservação que formam o Mosaico de Apuí são Parque Estadual de Guariba, Reserva de Desenvolvimento Sustentável Bararati, Reserva Extrativista do Guariba, Floresta Estadual do Sucunduri, Floresta Estadual do Aripuanã, Floresta Estadual do Apuí, Floresta Estadual de Manicoré e Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Aripuanã.

O mosaico está localizado nos municípios de Apuí e Manicoré no Amazonas, e tal como o Parque Estadual do Juruena, sua criação faz parte do plano de formação do Corredor Ecológico da Amazônia Meridional. Responsável pela conexão de importantes áreas de proteção ambiental na porção sul da região, como os objetivos de: conservar a biodiversidade local, conter o avanço do arco do desflorestamento e a expansão da fronteira agrícola.

O Parque Estadual do Sucunduri (AM) foi o ponto do mosaico de Apuí escolhido para ser visitado pela equipe da expedição Juruena-Apuí. Criado em 2005, essa unidade de conservação possui uma área de 1.055.840 hectares. A razão da visita ao Sucunduri é a mesma da feita ao Parque Estadual do Juruena, o reconhecimento e desenvolvimento de estudos preliminares para a elaboração de propostas de implementação.

Os integrantes da expedição começam a explorar o Parque na terceira fase da viagem, descendo o rio Sucunduri para um maior contato a fauna e flora local. Uma característica importante desta região é que alguns pontos de grande potencial turístico, como Salto Augusto no rio Juruena, também podem ser visitados por meio desta unidade de conservação, localizada na divisa dos estados do Amazonas com o Mato Grosso, e vizinha do Parque Nacional do Juruena (AM/MT).

A cobertura vegetal da região é dividida por florestas de terra firme, as florestas de Igapó - ao longo dos rios - e manchas de cerrado, isoladas na floresta. Também é possível visualizar nas matas locais, sinais das mudanças climáticas ocorridas na Amazônia há milhares de anos.

Chapadas na Amazônia

É no Parque Estadual do Sucunduri que estão localizados os domínios geológicos mais antigos do mosaico de Apuí, formados por rochas proterozóicas e paleozóicas. Esse fator gera uma configuração diferente no relevo local, marcado pela presença de planaltos entre a depressão Amazônia, e por esta razão também conhecidos como chapadas da Amazônia.

A região entre os rios Aripuanã e Juruena, na divisa do Amazonas e Mato Grosso, forma o chamado Domo do Sucunduri. Sua característica geológica diferenciada explica o grande número de saltos, quedas e cachoeiras existentes nesses rios.

A riqueza de espécies endêmicas desses locais também pode ter suas causas relacionadas à transição biogeográfica, bem como a sua heterogeneidade ambiental. Os rios que correm na área drenam o Planalto Cristalino (Escudo Brasileiro) e sua formação com corredeiras e cachoeiras é um dos tipos de ambientes-chave para sustentação da grande biomassa de peixes.

Durante a visita à região, a equipe da expedição Juruena-Apuí, poderá encontrar nas matas do Parque do Sucunduri mais de 500 espécies de aves (algumas endêmicas), 14 espécies diferentes de primatas e espécies raras de anfíbios, como o Anolis phyllorhinu. Na flora, as espécies que se destacam são: o mogno, o cedro, a copaíba, andiroba, castanha e o pau-rosa. Grande maioria ameaçada pelo seu alto valor econômico.

Corredeira das Onças, no Parque Nacional Juruena
© Zig Koch
Foto aérea do Rio Sucunduri
© WWF-Brasil / Claudio MARETTI
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