Calculadora brasileira da Pegada Ecológica é lançada em Campo Grande

setembro, 29 2015

A apresentação da ferramenta aconteceu durante a quinta edição do Congresso de Educação (CONGREDUC)
Campo Grande (MS) – A calculadora brasileira que mede o impacto ambiental de cada pessoa foi lançada na última sexta-feira, dia 25 de setembro, durante a quinta edição do Congresso de Educação (CONGREDUC), na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande.

A ferramenta é uma iniciativa do WWF-Brasil, por meio dos programas Água Brasil e  Cerrado Pantanal, e mede os impactos dos brasileiros sobre o planeta, de acordo com os seus hábitos de consumo.

Durante o lançamento, a especialista em conservação do WWF-Brasil, Terezinha Martins, explicou que a calculadora foi adaptada para a realidade brasileira e o resultado é bem mais preciso que a metodologia usada anteriormente.

Segundo ela, a ferramenta está dividida em cinco categorias: alimentação, moradia, bens, serviço, tabaco e transporte. Ao responder ao questionário de perguntas, a plataforma traz seus resultados com gráficos comparativos com a média da pegada global e brasileira e divididos por cada um dos segmentos, para que a pessoa possa entender em qual deles seu impacto é maior. Ao final, a calculadora ainda faz uma avaliação dos hábitos de consumo e dá dicas sobre como mitigar este impacto.

O público presente durante a apresentação pôde ver como funciona a ferramenta e assistir a um vídeo sobre Consumo Sustentável, produzido pela Iniciativa Água Brasil.

A calculadora da Pegada Ecológica brasileira já está disponível para acesso pelo site www.pegadaecologica.eco.br.

Pegada Ecológica

A Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que permite avaliar a demanda humana por recursos naturais, com a capacidade regenerativa do planeta. A Pegada Ecológica de uma pessoa, cidade, país ou região corresponde ao tamanho das áreas produtivas de terra e mar necessárias para gerar produtos, bens e serviços que utilizamos.

Ela mede a quantidade de recursos naturais biológicos renováveis (grãos, vegetais, carne, peixes, madeira e fibra, energia renovável entre outros) que estamos utilizando para manter o nosso estilo de vida. É utilizada uma unidade de medida, o hectare global (gha), que é a média mundial para terras e águas produtivas em um ano.

De acordo com dados da Global Footprint Network (GFN), se continuarmos consumindo como hoje, em 2050, serão necessários quase três planetas para sustentar a população mundial. Já no Brasil, para manter o estilo de vida, é preciso 1,5 planeta, ou seja, consumimos mais de 50% do que as Terra é capaz de produzir.

O WWF-Brasil atua com a Pegada Ecológica, buscando mobilizar e incentivar as pessoas a repensar hábitos de consumo e a adotar práticas mais sustentáveis. Além de utilizá-la como uma ferramenta de mobilização e de conscientização.

V CONGREDUC

O evento aconteceu nos dias 25 e 26 de setembro e foi realizado pelo Instituto de Apoio, Proteção, Pesquisa, Educação e Cultura (IAPPEC) e pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. O Congresso teve como tema central “Caminhos para uma Escola Sustentável” e contou com palestras, relatos de experiências e oficinas voltadas para acadêmicos e profissionais da área da educação, biologia, geografia e pedagogia e interessados no assunto.

Ainda durante a noite de abertura do CONGREDUC aconteceu uma apresentação cultural do grupo Camalote que mostrou um pouco da cultura pantaneira para os participantes.

Além disso, Tereza Moreira, jornalista e especialista em meio ambiente, falou da sua experiência no processo formativo em Educação Ambiental Escolas Sustentáveis e Com-Vida e interagiu com os participantes do evento ao realizar uma reflexão sobre como estamos nos relacionando com o mundo e os nossos impactos no planeta. 
Calculadora brasileira da Pegada Ecológica
© WWF-Brasil

Links relacionados

Terezinha Martins, especialista em conservação do WWF-Brasil, explicou durante o evento que a calculadora foi adaptada para a realidade brasileira.
© Thaís Lima
Tereza Moreira, jornalista e especialista em meio ambiente, falou da sua experiência no processo formativo em Educação Ambiental Escolas Sustentáveis e Com-Vida
© Thaís Lima
Apresentação cultural do grupo Camalote que mostrou um pouco da cultura pantaneira para os participantes.
© Thaís Alves
DOE AGORA
DOE AGORA