junho, 15 2020

Por Thaís Gabrielle*
*Sob supervisão de Bruna M. Cenço

Em 5 de junho, o mundo relembra o Dia Mundial do Meio Ambiente, mas, entendendo que um único dia é muito pouco para falar de tantos assuntos, tão importantes, o WWF-Brasil elaborou uma programação especial de debates para a data.

Durante quatro sextas-feiras, entre 22 de maio e 12 de junho, sempre às 13h, foi possível acompanhar uma ampla gama de bate-papos, com conteúdos relacionados à conservação e à sustentabilidade, nos campos e nas cidades.

As pautas foram pensadas principalmente para o público que vai prestar vestibular e para concurseiros, buscando sempre trazer discussões da atualidade sobre diferentes temas.

Apesar do desafio da internet cada vez mais requisitada durante a quarentena, o retorno recebido foi muito positivo. Até o momento foram mais de 10 mil visualizações na série.

Veja abaixo um pouco mais do que aconteceu durante a programação. Se você perdeu as lives, não precisa se preocupar. Todo o conteúdo continua disponível nas nossas redes e no nosso canal no YouTube.  


Por que a biodiversidade é importante para a vida das pessoas?
Abrindo a série de bate-papos no mês do meio ambiente, o encontro do dia 22 de maio foi entre as especialistas Ana Paula Prates, Conselheira da Liga das Mulheres pelos Oceanos, Fernanda Werneck, INPA, e a Paula Valdujo, do WWF-Brasil, que apresentaram características e curiosidades da biodiversidade brasileira. O encontro aconteceu no próprio Dia Mundial da Biodiversidade e fez um link direto entre biodiversidade e população, estejam as pessoas no campo ou nas cidades. Um dos destaques foi a importância de incorporar os conhecimentos tradicionais nas políticas públicas, para que dessa forma possamos fazer o uso inteligente da nossa biodiversidade.

Mata Atlântica: Por que a boiada não pode passar
No segundo bate-papo da série, o tema foi uma homenagem ao dia da Mata Atlântica, celebrado no dia 27 de maio. Participaram do debate Angela Kuczach, da Rede Pró-UC, Ludmila Pugliese, do Pacto Mata Atlântica e Rafael Giovanelli do WWF-Brasil. Enquanto Angela e Ludmila trouxeram um geral sobre este bioma, que é tão ameaçado, as vantagens da restauração e reflorestamento, Rafael Giovanelli, que é advogado e especialista de Políticas Públicas, deu uma explicação bastante didática das ameaças legislativas que o bioma está sofrendo.

O que podemos fazer pelo futuro da Amazônia?
Para a sexta-feira de 5 de junho, quando se comemora oficialmente o Dia Mundial do Meio Ambiente, o tema escolhido foi o futuro da Amazônia – e o que nós, moradores das cidades, podemos fazer a respeito. Para isso, o bate-papo contou com a participação de Raul Valle, Diretor de Justiça Socioambiental do WWF-Brasil, e os convidados Valéria Paye, assessora política da Coordenação das Organizações indígenas Brasileiras (COIAB), e Sebastião Salgado, premiado fotojornalista brasileiro, ativista ambiental e co-idealizador do Instituto Terra.  Durante a conversa, foram debatidas perspectivas para a Amazônia no segundo semestre de 2020, os impactos da COVID-19 junto aos indígenas e a outras populações tradicionais da região, o aumento dos índices de desmatamento, previsões de queimadas na floresta e o Projeto de Lei 2633, que pode trazer graves prejuízos para o bioma.

Oceanos: como a boiada quer passar aqui
Para fechar a série, Anna Carolina Lobo, gerente do WWF-Brasil para Mata Atlântica e Oceanos, e os convidados Clemente Coelho Júnior, biólogo e diretor-presidente do Instituto Bioma Brasil e Lawrence Wahba, mergulhador e documentarista de natureza, aproveitaram o Dia Mundial dos Oceanos, celebrado no dia 8 de junho, para trazer um importante debate sobre a vida marinha e a costa brasileira. Durante a conversa eles debateram sobre as oportunidades e os desafios enfrentados atualmente nos ecossistemas marinhos, como o impacto da fragilização das leis ambientais nos oceanos, sobrepesca, turismo sustentável e as consequências dos vazamentos de petróleo na costa brasileira.