Noronha participa da Ação Mundial pelo Planeta

junho, 10 2019

WWF-Brasil convidou a comunidade da ilha para pintar um painel temático sobre a importância da biodiversidade para o planeta
Por Juliana Marinho

No dia dois de junho, um domingo, vários eventos no Brasil e no mundo integraram a Ação Mundial pelo Planeta. Esse movimento foi organizado por várias instituiçoes, incluindo o WWF-Brasil, o Viva – Instituto Verde Azul, o Ampara Animal e o Acervo Animal. A ideia era chamar a atenção da sociedade e de instituições governamentais e não governamentais para os grandes danos ambientais que sofre o planeta atualmente.
 
De caráter apartidário e pacífico, a ação queria pedir concretamente a proteção imediata dos um milhão de animais à beira da extinção; a recuperação dos 66% de oceanos destruídos, o fim do desmatamento e da destruição das áreas naturais; o cumprimento dos pactos relacionados às mudanças climáticas; a redução do uso de agrotóxicos e a gestão urgente dos resíduos sólidos. No Brasil, os eventos foram realizados em cerca de 15 cidades em diferentes horários.
 
Em Fernando de Noronha, quem tocou a Ação Mundial pelo Planeta foi o WWF-Brasil, que organizaou a pintura de um mural em uma parede do Centro de Visitantes do Parque Nacional Marinho, com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de Noronha. O desenho, no estilo Pop Art, era projetado na parede e moradores e visitantes pintaram usando a projeção como molde.

“Buscamos retratar o cenário da ilha e ampliar isso para um contexto global. Trouxemos a descoberta da América com Américo Vespúcio na mesma caravela que o Papa Francisco com a Encíclica, que prega o respeito à natureza e aos animais”, explica Luíza Sampaio, representante do WWF-Brasil e idealizadora, junto a outros artistas, do desenho final que levou a pintura do mural.
 
“Uma das principais imagens da pintura é uma vaca que salta com um golfinho da água, uma referência já conhecida, que traça um paralelo entre o agronegócio e o que simboliza hoje as áreas marinhas protegidas e outras Unidades de Conservação”, segue Luiza. Na pintura há ainda vários outros elementos cheios de significado, como indígenas, um urso polar – que simboliza como as mudanças climáticas afetam a biodiversidade; espécies exóticas e invasoras típicas do arquipélago – como a lagartixa mabuya; referências à especulação imobiliária; um navio gigante – simbolizando os grandes cruzeiros marítimos; lixo. “Tudo isso mostra o impacto direto desses elementos na biodiversidade”, contextualiza a ambientalista.
 
A obra demorou três dias para terminar, porque a técnica com uso de projeção só permite que seja pintada à noite. A atividade envolveu turistas e moradores de várias faixas etárias e fez ainda com que os passantes curiosos refletissem sobre a perda da biodiversidade do planeta. Muitos ainda irão por passar por ele no cotidiano, já que o mural está localizado em uma parede no espaço onde turistas agendam trilhas do Parque Nacional Marinho. Ao lado (links relacionados), você pode ver em um time lapse o processo de pintura do mural. Divirta-se!


 
logomarca do movimento
© arquivo
Visitantes e moradores se envolveram durante três dias para pintar o mural
© WWF-Brasil
DOE AGORA
DOE AGORA