Dia Mundial Sem Carro em Noronha provoca debate sobre carro elétrico
setembro, 22 2018
Pela segunda vez consecutiva, o WWF-Brasil organizou o dia mundial sem carro na ilha
Por Juliana MarinhoEsse ano, a atividade integrou as comemorações dos 30 anos do Parque Nacional Marinho e juntou adultos e crianças numa pedalada noturna. A concentração foi no Projeto Tamar com lanches leves e muita água. Os ciclistas aproveitaram para fazer pequenos reparos nas bikes e instalar lanternas.
O único carro elétrico da ilha, que pertence a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), parceira do WWF-Brasil, acompanhou os ciclistas juntamente com a polícia. Minutos após a saída houve uma parada no Ecoposto, onde o engenheiro chefe da Celpe, Mauricio Lyra, explicou como funciona o carro elétrico e sua recarga. Atualmente, o carro, que carrega é carregado por volta de sete horas e tem autonomia de 120km, não utiliza nenhum tipo de combustível fóssil. O Ecoposto conta com baterias e é totalmente abastecido por energia solar, por meio de módulos fotovoltaicos. Maurício ainda falou sobre as outras iniciativas de geração de energia limpa na ilha, como as duas Usinas Solares já existentes. Atualmente, os carros elétricos são mais caros do que os movidos a combustível, no entanto, são isentos de impostos. O carro da Celpe na ilha foi importado da França, é um Renault Kangoo z.e.
Os ciclistas fizeram diversas perguntas sobre projetos futuros para que o arquipélago se torne 100% renovável, e também como instalar módulos fotovoltaicos em residências. Segundo Maurício, a partir do ano que vem as usinas solares também contarão com baterias, o que aumentará o rendimento, já que além de injetar a energia gerada pelo sol diretamente na rede elétrica, também armazenará essa energia para ser utilizada durante a noite, e assim, poupar a geração pela termoelétrica, que é, ainda, a maior fonte de geração de energia elétrica para a ilha. Além disso, há projetos para a instalação de turbinas eólicas. “A instalação de eólicas é um projeto que ainda levará tempo, uns cinco anos, porque é necessário fazer estudos de impacto e conseguir as devidas licenças ambientais”, destacou Maurício.
Do Ecoposto os ciclistas foram até o aeroporto do Arquipélago e retornaram ao ponto de partida.