novembro, 19 2012
Monitoramento das alterações da cobertura vegetal e uso do solo na Bacia do Alto Paraguai (BAP) . O estudo, que é feito a cada dois anos por um grupo de ONGs que atuam no Pantanal, tem por objetivo analisar a dinâmica de mudança de uso e ocupação de solo e alterações na cobertura vegetal desta bacia hidrográfica que abriga o Pantanal, a maior planície alagável do planeta.
O Monitoramento das alterações da cobertura vegetal e uso do solo na Bacia do Alto Paraguai (BAP) foi lançado no dia 20 de novembro, em Campo Grande (MS). O estudo, que é feito a cada dois anos por um grupo de ONGs que atuam no Pantanal, tem por objetivo analisar a dinâmica de mudança de uso e ocupação de solo e alterações na cobertura vegetal desta bacia hidrográfica que abriga o Pantanal, a maior planície alagável do planeta.
O trabalho é realizado pelas ONGs Conservação Internacional, Fundação Avina, Instituto SOS Pantanal, WWF-Brasil e pela Embrapa Pantanal. Também teve o apoio da SOS Mata Atlântica e da Ecoa-Ecologia e Ação, e execução técnica da Arc Plan.
De acordo com o estudo, a planície (Pantanal) conta com 86,2% de sua vegetação nativa conservada. No planalto, onde está a maior parte das nascentes que abastecem o Pantanal, este índice é de 40,7%. De 2008 a 2010, período em que o monitoramento foi feito, a conversão de áreas naturais para uso antrópico (ação humana) foi de 0,80% na planície e de 1,56% no planalto da bacia hidrográfica. O total de conversão de áreas naturais na planície é de 13,8% e de 58,2% no planalto (dados de 2010).
O monitoramento mostra também que a pecuária continua sendo o segmento com uso antrópico mais representativo na BAP, tendo sido registrado um pequeno aumento na conversão de áreas para esse uso em relação ao levantamento de 2008. Na planície, a conversão de habitats para uso de pastagens passou de 11,1% para 11,3% e, no planalto, aumentou de 43,5% para 43,9%. A agricultura manteve o mesmo índice de conversão na planície (0,3%), mas aumentou de 9% para 10% no planalto.
Este é o segundo monitoramento realizado pelas instituições na BAP e a intenção que é que ele seja realizado a cada dois anos. O primeiro estudo, lançado em 2010, analisou a cobertura vegetal de uso do solo da BAP no período de 2002 a 2008. A nova edição refere-se ao período de 2008 a 2010 e tem como base os dados do estudo anterior.
Com informações técnicas e seguindo uma metodologia científica, o monitoramento possibilita fazer uma radiografia da realidade ambiental dessa região e uma análise objetiva da evolução das alterações de cobertura vegetal na BAP.
O objetivo é ter uma ferramenta de monitoramento da dinâmica de mudança de uso e ocupação de solo e alterações na cobertura vegetal desta bacia hidrográfica. A BAP abriga o Pantanal, a maior planície alagável do planeta e berço de uma das maiores biodiversidades do mundo.
Esta Bacia do Alto Paraguai é transfronteiriça e possui uma área total de aproximadamente 620 mil quilômetros quadrados. Deste total, 60% encontram-se em território brasileiro e o restante na Bolívia e no Paraguai. O monitoramento, no entanto, está sendo realizado apenas na porção brasileira da BAP.
Links relacionados