WWF, HSBC , Earthwatch e WaterAid lançam programa mundial de água

junho, 11 2012

 Brasil é foco na América Latina, com ações no Pantanal, São Paulo e Rio de Janeiro
 O WWF, em parceria com o grupo HSBC, Earthwatch e WaterAid, lança hoje (11/06) o “Programa HSBC pela Água”, que visa o fornecimento sustentável, preservação e educação sobre esse importante recurso natural. Com investimentos de US$ 100 milhões, a iniciativa deve beneficiar, em cinco anos , um milhão de pessoas no mundo.

O WWF trabalhará com autoridades locais sobre a política e a proteção em cinco bacias hidrográficas de importância global: a do Yangtze, na China; do Ganges, na Índia; do Mekong, que se expande por territórios da China, Tailândia, Laos , Camboja e Vietnã; do Leste Africano, nas bacias do Ruaha e Mara dividido entre o Quênia e a Tanzânia, e o Pantanal, em terras brasileiras.. O HSBC investirá US$ 20 milhões no trabalho do WWF em todas essas bacias.

Já a Earthwatch envolverá mais de 100 mil colaboradores do HSBC em monitoramento e pesquisa de recursos de água doce em todo o mundo. A WaterAid fornecerá água potável para mais de um milhão de pessoas em Bangladesh, Índia, Nepal, Paquistão, Nigéria e Gana.

Desdobramentos no Brasil

O Brasil é o único país da América Latina a receber investimentos do programa. Serão realizadas duas ações do Programa HSBC pela Água.

Uma das iniciativas será liderada pelo WWF-Brasil e acontecerá na região do Pantanal para a preservação e conservação das nascentes. O objetivo é recuperar pelo menos 30 nascentes da cabeceira do Pantanal , envolvendo pelo menos 20 municípios na região e engajando 270 mil pessoas em campanhas pelas nascentes, com impacto em mais de 700 Km de rios do Pantanal .

A outra ação é a de engajamento, em que a Earthwatch, especialista em programas que sensibilizem e envolvam o cidadão comum em causas científicas, realizará encontros com voluntários do HSBC sobre a importância do uso consciente da água. Cerca de mil funcionários dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro realizarão trabalhos de campo para mensurar a qualidade da água por meio de kits especiais. Os dados coletados serão inseridos num site para compartilhar dados sobre a água nessas regiões.

O impacto da água na economia

Junto com o anúncio do programa, o HSBC divulga também um novo relatório, encomendado à Frontier Economics, que revela que, até 2050, as dez maiores bacias hidrográficas por concentração populacional devem produzir um quarto do PIB global – o que representaria um valor maior do que a junção da economia futura dos Estados Unidos, Japão e Alemanha. Nove dessas bacias estão localizadas em mercados emergentes e de rápido crescimento.

Porém, o relatório também prevê que, até 2050, sete delas vão fornecer um consumo não sustentável de água, caso não sejam feitas melhorias na gestão dos recursos hídricos.

Isso resultaria numa severa escassez de água, com perda de cerca de 30% da vazão, e comprometeria o crescimento esperado do PIB nessas regiões. Além disso, os ecossistemas de um quarto da população mundial teria danos permanentes, afetando diretamente as comunidades e a capacidade de crescimento de empresas locais.

Para Claudia Malschitzky, superintendente-executiva de Sustentabilidade do HSBC, esses resultados mostram que o futuro das bacias hidrográficas é fundamental para o crescimento econômico global. “O Programa HSBC pela Água vai beneficiar comunidades menos favorecidas e permitir que economias de países em crescimento possam prosperar, o que está em linha com o foco de atuação do banco: investir para ter a sustentabilidade inserida em seus negócios e investir em países emergentes.”
O Pantanal é a maior área úmida continental do planeta.
© A. Cambone, R. Isotti - Homo ambiens
Programa pela Água - HSBC
© HSBC
Pantanal Matogrossense.
© WWF-Brasil / Sergio Ribeiro
Vista áerea do Pantanal.
© WWF-Brasil / A.Camboni/ R.Isotti-Homo Ambiens
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