Programa Madeira é Legal une esforços de diferentes setores para incentivar o uso de madeira legal e certificada
março, 13 2009
Para promover a adoção de ações que garantam o uso de madeira de origem legal e também certificada, o estado e o município de São Paulo, em conjunto com o setor da construção civil e diversas instituições, entre elas o WWF-Brasil, saem na frente com o lançamento do Programa Madeira é Legal.
Consumir somente madeira de origem legal e certificada é uma das atitudes mais importantes para combater a destruição da floresta amazônica e o aquecimento global.O desmatamento na Amazônia responde por três quartos das emissões brasileiras de gases de efeito estufa. Um dos principais vetores do desmatamento no Brasil é a exploração ilegal dos recursos naturais, entre eles a madeira.
Para promover a adoção de ações que garantam o uso de madeira de origem legal e também certificada, o estado e o município de São Paulo, em conjunto com o setor da construção civil e diversas instituições, entre elas o WWF-Brasil, saem na frente com o lançamento do Programa Madeira é Legal.
O programa busca desenvolver mecanismos de controle como a exigência da apresentação do Documento de Origem Florestal (DOF) e incentivo ao uso da madeira certificada nos departamentos de compras do setor público e privado, como as grandes construtoras, para identificar e monitorar a madeira que está sendo comprada – que dever ser de origem legal ou certificada. Realizar pesquisas e desenvolvimento de produtos mais adequados à construção civil também é objetivo do programa.
Além da adesão de entidades representativas de setores da construção civil, o programa conta com o envolvimento de atores como associações de classe, produtores e distribuidores de madeira, entre outros.
“O Programa Madeira é Legal também envolve a capacitação dos compradores para que consigam identificar a origem da madeira que estão comprando, de forma a eliminar a madeira de origem ilegal e exigir cada vez mais de seus fornecedores a madeira certificada”, explica Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil.
O Protocolo de Cooperação voluntária significa a consolidação de várias ações de diferentes atores no combate ao consumo de madeira ilegal. É também um compromisso entre as partes em implementar estes mecanismos de controle.
Para o secretário do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, Eduardo Jorge, a união das iniciativas contribuirá para fortalecer as ações já em andamento.
“A Secretaria do Verde lançou, em parceria com o IPT e o SindusCon–SP, o Manual Madeira: uso sustentável na construção civil, que agora chega à sua segunda edição, já apontando alternativas de madeira para uso na construção, no sentido de poupar espécies pressionadas pela extinção. Fomos a primeira cidade a aderir ao Programa Cidade Amiga da Amazônia, já em 2005. Desde então, as obras públicas na cidade de São Paulo só usam madeira de origem legal. Também, desde 2007, somos pioneiros na exigência da comprovação da origem legal da madeira utilizada em móveis fornecidos à Prefeitura.”
A adesão do setor da construção é primordial para incentivar o uso da madeira legal ou certificada, já que o Estado de São Paulo consome 15% da madeira amazônica e, deste total, 70% é utilizada na construção civil.
“Estamos cumprindo com a nossa parte na preservação sustentável do meio ambiente. Vamos divulgar a legislação ambiental e as orientações para o consumo responsável da madeira junto às construtoras e aos seus fornecedores”, afirma o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe.
Assinam o Protocolo de Cooperação:
- governos Estadual e Municipal de São Paulo
- construção civil representada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas do Estado de São Paulo (SindusCon–SP)
- Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (APEOP)
- Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (ASBEA)
- Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS)
- Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (SECOVI-SP)
- Associação de Pequenas e Médias Empresas de Construção Civil do Estado de São Paulo (APEMECC)
- Grupo de Produtores Florestais Certificados na Amazônia (PFCA)
- Fundação Getúlio Vargas pelo Centro de Estudos de Sustentabilidade, o WWF-Brasil
- Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
- Sindicato do Comércio Atacadista de Madeiras do Estado de São Paulo (SINDIMASP)
- Associação Nacional dos Produtores de Pisos de Madeira (ANPM)
- Sindicato da Indústria do Mobiliário de São Paulo (SINDIMOV)
- Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO)
- Instituto de Engenharia e a Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (AELO)
- Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS)
- Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI).
Publicações
Durante o evento de assinatura do protocolo de cooperação serão lançadas duas publicações para incentivar e orientar sobre o uso de madeira legal e certificada.Manual Madeira: Uso Sustentável da Madeira na Construção Civil
Segunda edição do manual organizado pelo IPT, SindusCon-SP e Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo. Destaca a importância da incorporação de espécies alternativas ao processo de escolha e especificação da madeira empregada nas atividades da construção civil para minimizar os impactos ambientais causados pelo uso intensivo e constante de determinadas espécies, e se traduz em importante passo do setor que mais consome este insumo no país para a preservação e a sustentabilidade das florestas brasileiras.
O manual amplia o conhecimento de profissionais da construção e de consumidores que buscam informações sobre a madeira, oferecendo espécies alternativas com propriedades semelhantes às das espécies tradicionais e apresentando os novos mecanismos disponíveis no mercado, que garantem ao consumidor a aquisição de uma matéria-prima de origem legal, extraída de maneira responsável e não predatória.
Guia Seja Legal: Boas Práticas para manter a madeira ilegal fora de seus negócios
Organizado pelo WWF-Brasil, o guia é destinado a empresários, consumidores e formuladores de políticas públicas, com orientações para eliminar a ilegalidade na cadeia produtiva da madeira, buscando subsídios para que se adote o consumo de produtos com a certificação FSC (Conselho de Manejo Florestal). Mostra os impactos negativos e as implicações sociais, ambientais e econômicas no consumo da madeira ilegal, com dicas para minimizar os riscos de se comprar madeira ilegal.
Serviço A assinatura do protocolo de cooperação será no dia 18 de março. O evento é gratuito e aberto ao público. Inscrições limitadas, somente pelo site www.anggulo.com.br. |