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O Cerrado é a savana mais biodiversa do planeta e o berço das águas do Brasil. Dele vêm cerca de 40% das águas do país, que alimentam bacias essenciais para o consumo humano, agricultura, geração de energia e indústria. É também um território de enorme riqueza ecológica: abriga 5% da biodiversidade global, sendo que aproximadamente 32% das espécies são exclusivas desse bioma. Além disso, o Cerrado desempenha um papel-chave no enfrentamento da crise climática, armazenando 13,7 bilhões de toneladas de CO₂ em sua vegetação e solos.
Cerca de 28 milhões de pessoas vivem no Cerrado, incluindo mais de 80 povos indígenas, povos quilombolas e diversas comunidades tradicionais que guardam saberes ancestrais e modos de vida que sustentam culturas, economias locais e paisagens fundamentais para a segurança hídrica e alimentar do país.
Apesar de sua importância, o Cerrado é hoje um dos biomas mais ameaçados do mundo. Metade de sua vegetação nativa já foi perdida, e 52% de todo o desmatamento registrado no Brasil em 2024 ocorreu no Cerrado, principalmente devido à expansão agropecuária baseada na conversão de áreas naturais, especialmente na região do MATOPIBA.
CONHEÇA MAIS SOBRE O CERRADO
Ajude a garantir o futuro do Cerrado
Atuamos para que o Cerrado seja uma paisagem resiliente, inclusiva, produtiva e sustentável, conciliando conservação da natureza, produção responsável e justiça social.
Nossa atuação integra ciência, políticas públicas, inovação financeira, fortalecimento comunitário e articulação com mercados. Trabalhamos de forma coordenada em estados-chave como Tocantins, Maranhão, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.

Sociobiodiversidade
O Cerrado é a origem alimentos, remédios, aromas e ofícios que fazem parte da identidade brasileira — como o pequi, o baru, o babaçu, o buriti e o capim-dourado. Esses produtos não apenas sustentam as pessoas e as economias locais, como também preservam modos de vida, histórias e relações profundas entre povos e paisagens. Nosso trabalho fortalece cadeias produtivas que valorizam essa diversidade, apoiando estruturação de cadeias, governança de cooperativas, formação de lideranças, empreendedorismo comunitário e acesso a mercados sustentáveis no Brasil e no exterior.
Também articulamos redes que ampliam o alcance dessa valorização, como a Rede Cerrado, a Central do Cerrado e o Osóciobio (Observatório das Economias da Sociobiodiversidade). Assim ampliamos nossa atuação para que comunidades tenham autonomia sobre seus territórios, consigam comercializar seus produtos com preço justo e tenham seus direitos conhecidos, reconhecidos e respeitados. Ao fortalecer essas cadeias, não apenas ampliamos renda e segurança alimentar, como também mantemos vivas culturas, saberes e práticas que protegem o Cerrado há gerações.

Desmatamento e Conversão Zero
O Cerrado é hoje a fronteira mais pressionada pelo desmatamento no Brasil, mas já está comprovado que podemos continuar produzindo na mesma escala e até mais, sem derrubar mais nenhuma árvore. Por isso, trabalhamos para interromper a abertura de novas áreas de desmatamento, promovendo uma transição agropecuária que aproveite o que já está aberto. Focamos nossa atuação nessa frente na recuperação de pastagens degradadas, no aumento da produtividade sem desmatamento e no fortalecimento de práticas de manejo que conservam o solo e a água. Isso significa mostrar, na prática, que é possível produzir com eficiência, preservar o bioma e manter a economia rural sustentável no longo prazo.
Também engajamos empresas das cadeias da soja, carne e couro — no Brasil e em mercados internacionais — para que adotem compromissos e sistemas de monitoramento capazes de garantir cadeias realmente livres de desmatamento. Incidindo em políticas públicas e regulatórias que protegem o bioma e defendem direitos territoriais de comunidades que sofrem diretamente com a expansão desordenada.

Restauração de Ecossistemas
A restauração no Cerrado é mais que recompor vegetação — é reconstruir relações entre terra, água e pessoas. Atuamos com comunidades locais, povos indígenas, coletores de sementes, técnicos e gestores para promover uma restauração inclusiva, que respeita e integra saberes tradicionais ao conhecimento científico. Isso fortalece vínculos comunitários, cria alternativas de renda e assegura que o processo de recuperação seja também um processo de autonomia territorial.
Quando o Cerrado se regenera, a biodiversidade floresce, os ecossistemas se tornam mais resilientes às mudanças climáticas e a vida se reconecta em suas múltiplas formas. Restaurar é cultivar futuro: é reconstruir paisagens que acolhem, alimentam, inspiram e garantem que próximas gerações também possam experimentar a riqueza que nasce desse rico bioma.

Finanças Verdes
Para que a conservação avance em escala, não basta conhecimento técnico: é preciso que o sistema financeiro reconheça o valor da natureza. Por isso, atuamos para que bancos, fundos e agentes de crédito adotem políticas de desmatamento zero, condicionando financiamentos e investimentos ao compromisso com a conservação dos nossos biomas. Quando o crédito valoriza quem conserva, práticas sustentáveis deixam de ser exceção e começam a se tornar padrão.
Desenvolvemos e fortalecemos mecanismos financeiros inovadores que oferecem crédito vantajoso para produção sem desmatamento e para conversão de pastagens degradadas. Também promovemos parcerias para apoiar restauração em larga escala e estimular uma economia que reconhece a natureza como ativo, não como obstáculo. Finanças verdes são a chave para transformar o Cerrado de fronteira de expansão em território de futuro.