Governadores e delegados do GCF reafirmam princípios de sustentabilidade na Declaração de Rio Branco

agosto, 13 2014

Tem início a 8ª Reunião Anual da Força Tarefa de Governadores pelo Clima e Florestas
Nesta segunda-feira (11) foi realizada a abertura da 8ª Reunião Anual da Força Tarefa de Governadores pelo Clima e Florestas (GCF). O evento, que ocorre em Rio Branco (AC) até 14 de agosto, busca avançar na construção de programas subnacionais de desenvolvimento com baixas emissões de carbono e de redução das emissões por desmatamento e uso da terra (REDD+) nos trópicos, dentre outras iniciativas.

Neste primeiro dia de atividades, os governantes e delegados presentes assinaram a Declaração de Rio Branco. De acordo com Ana Euler, diretora-presidente do Instituto Estadual de Florestas do Amapá, “a declaração vem afirmar os princípios e resultados dos participantes do GCF e explicitar uma visão de um bloco de três continentes, com cinco línguas diferentes, que conseguiram se alinhar em torno da redução do desmatamento, em processos de longo prazo, e manutenção das florestas com igualdade de distribuição de renda e oportunidades, de educação e principalmente para o desenvolvimento do setor produtivo florestal e de serviços ambientais”.

Além disso, foram apresentadas experiências de instituições e governos envolvidos em iniciativas de desenvolvimento sustentável, como o Banco Alemão KfW, a organização Forest Trends e a Coordenação Peruana de Organizações Indígenas da Bacia Amazônica, dentre outros. Também foram relatadas as atividades do Fundo GCF, que é um instrumento de financiamento climático estabelecido pela Força Tarefa para apoiar as iniciativas que reduzem as emissões por desmatamento e degradação florestal nos Estados e Províncias membros.

Durante a tarde, os coordenadores do GCF dos países onde estão sediados os Estados-membros apontaram os números e as iniciativas de maior destaque em cada país. Em seguida teve início uma rodada de discussões sobre os elementos necessários para a construção de programas jurisdicionais de REDD+.

Estados e províncias como referência para novas experiências

Ricardo Mello, coordenador adjunto do Programa Amazônia do WWF-Brasil, diz que as iniciativas de incentivo aos serviços ambientais têm sido mais efetivas em nível subnacional do que nacional: “Atento a isto, o WWF tem ampliado o apoio às iniciativas jurisdicionais. O Estado do Acre é o caso mais emblemático para a organização, pois mostra que a transição de um modelo de alta emissão de carbono para um onde se valoriza a floresta em pé é economicamente factível”.

Para ele, um dos grandes anseios de eventos como a reunião do GCF é que os acordos sirvam como iniciativas que possam ser replicadas ao redor do mundo: “Já que as experiências bem sucedidas estão surgindo em nível local, por que não juntar esforços para que isto se torne mais visível e forte nas convenções de clima? São acordos menores, mais leves, mais rápidos, e que são efetivos para a redução das emissões de carbono”, afirma.

Política ambiental acriana é destaque mundial

De acordo com o secretário-geral do GCF, William Boyd, este é de longe o evento mais importante da Força Tarefa. “Este é o único momento em que todos os membros do GCF estão juntos. E o Acre tem sido um líder na Força Tarefa, no Brasil e no mundo quando o assunto é a construção de programas de proteção de florestas, redução de emissões e valorização do meio de vida de populações tradicionais”.
Para amanhã estão programados mais painéis sobre programas jurisdicionais de REDD+ e o início do evento acadêmico. “Se você quer ver o que os líderes em programas de desenvolvimento sustentável estão fazendo, venha para a Reunião Anual do GCF”, reforçou o senhor Boyd.
8ª Reunião Anual da Força Tarefa de Governadores pelo Clima e Florestas
© Rogério Barros / Divulgação

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