março, 14 2017

No último sábado, dia 11, aconteceu no Parque Estadual do Prosa, em Campo grande (MS), o lançamento da placa de identificação de aves, que traz o nome científico, o nome popular e informações das espécies que podem ser encontradas na área.

A intenção do WWF-Brasil ao produzir a placa é promover a educação ambiental, mostrando a diversidade biológica das unidades de conservação (UC) e áreas verdes, muitas vezes não percebida pelo público visitante. Para isso, contou com o apoio do Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo, do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso do Sul.

“O WWF-Brasil apoia e incentiva ações de conservação em UCs e entende que a visitação com fins de observação, contemplação e educação ambiental auxilia a conservação das espécies, uma vez que integra o homem ao meio ambiente, despertando nele o sentimento de pertencimento”, afirmou Júlia Boock, analista de conservação do Programa Cerrado Pantanal, do WWF-Brasil.

As unidades de conservação brasileiras, principalmente os parques nacionais, estaduais e municipais, têm grande potencial turístico, mas muitos ainda são carentes de sinalização ou não seguem um padrão para as placas, tanto no que se refere a placas de identificação de fauna e flora quanto a trilhas.

Segundo Boock, “este tipo de trabalho é fundamental, pois incentiva o uso público e o ecoturismo de áreas protegidas e demais áreas verdes. Além dessa iniciativa no Mato Grosso do Sul, a organização tem outros projetos de sinalização na Mata Atlântica, a exemplo do Borandá, que busca promover atividades ao ar livre na região da Serra do Mar, por meio de três componentes: implementação e sinalização de trilha, engajamento da sociedade e desenvolvimento de empreendimentos locais”.

Ao todo sete UCs e três áreas verdes no Mato Grosso do Sul receberão as placas, sendo elas: Parque Estadual das Matas do Segredo, o Parque das Nações Indígenas, Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, Estrada Parque do Pantanal, RPPN Engenheiro Eliezer Batista, RPPN Buraco das Araras, Parque do Imbirussu, Parque Itanhangá, Parque Anhanduí, além do Parque Estadual do Prosa.

Parcerias

A ideia de confecção de placas surgiu a partir de uma conversa com um grupo de observadores de aves, mas foi graças aos parceiros que a iniciativa se consolidou.

Para Simone Mamede, do Instituto Mamede, a organização contribuiu para a ação ao aportar conhecimento técnico-cientifico de ornitofauna, na organização de enquetes para seleção das espécies de aves mais representativas, na elaboração de textos descritivos de cada espécie e no contato com a artista plástica Lidia Coimbra, que confeccionou as placas.

“Com o WWF-Brasil, tivemos uma parceria bastante estratégica para realização de um processo inclusivo, onde ouvimos mais de 300 pessoas, as quais participaram ativamente na escolha das aves de cada área verde. Os resultados estão nas placas doadas e servirão de ferramenta para a continuidade ao processo de ciência cidadã e fomento de agentes protetores da natureza”, contou Mamede.

De acordo Flávia Neri, responsável pela Unidade de Gestão e Implantação de Áreas Protegidas da Gerência de Unidades de Conservação do IMASUL “esta foi mais uma ação importante para promover a conservação da biodiversidade e, especialmente, o fomento ao uso público nas UCs Estaduais”.