WWF-Brasil assina Pacto de Ação em Defesa do Clima

abril, 24 2007

O WWF-Brasil, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), a Petrobrás, a Votorantim e o Greenpeace assinam hoje, terça-feira, 24 de abril, um Pacto de Ação em Defesa do Clima.
O WWF-Brasil, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), a Petrobrás, a Votorantim e o Greenpeace assinam hoje, terça-feira, 24 de abril, um Pacto de Ação em Defesa do Clima. O evento será no Ibirapuera, em São Paulo, às 14 horas. O objetivo é promover a adoção de ações que assegurem a continuidade do desenvolvimento econômico, contribuam para reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.

As ações deverão contemplar aspectos como a valorização de uma matriz energética limpa, o estímulo à inovações tecnológicas, à introdução de hábitos de consumo mais sustentáveis e à criação de mecanismos políticos, jurídicos e econômicos que, por meio de um processo participativo e transparente, permitam o estabelecimento de uma agenda pró-ativa e construtiva no País.

O Pacto de Ação em Defesa do Clima propõe o engajamento de toda a sociedade brasileira – governos, empresas e entidades civis - na luta contra o aquecimento global, através da implementação de ações capazes de transformar a realidade e difundir soluções e exemplos positivos, estabelecendo uma Política Nacional de Mudança Climática baseada em 10 itens:

1) O fim do desmatamento, garantindo maior governança nas florestas, por meio de políticas de combate ao desmatamento na Amazônia, na Mata Atlântica e em outras regiões florestais brasileiras, e o fortalecimento das instituições responsáveis pela implementação e fiscalização;
2) Fomento a iniciativas que pretendam incorporar à matriz energética brasileira, de forma sustentável, energia proveniente de fontes renováveis, aproveitando as imensas potencialidades do País nessa área;
3) Conscientização da sociedade quanto aos efeitos adversos da mudança do clima, bem como quanto às medidas que estão sendo tomadas para reduzir nossas emissões;
4) Identificação das vulnerabilidades do País à mudança climática, inclusive no que diz respeito à biodiversidade, e definição das medidas de adaptação necessárias;
5) O estabelecimento de metas de redução de emissões que as empresas e o País podem adotar e a formalização de uma posição internacional mais ativa e comprometida com a redução da emissão de gases de efeito estufa, envolvendo instituições públicas, privadas e da sociedade civil;
6) Ampliação da Comissão Interministerial de Mudanças do Clima, assegurando a participação ativa de outros setores da sociedade, como empresas e organizações da sociedade civil, inclusive na definição da posição brasileira em fóruns internacionais relacionados ao tema;
7) Pesquisas que promovam o valor econômico da nossa biodiversidade;
8) Consideração e priorização das questões sócio-ambientais, inclusive a mudança climática, nos programas e ações dos Planos Plurianuais;
9) Estimular a disseminação de exemplos positivos, tais como programas de eficiência energética e a ampliação do uso sustentável de combustíveis provenientes de fontes renováveis;
10) Fomentar o desenvolvimento de um mercado nacional para energias limpas, como solar, eólica, pequenas centrais hidroelétricas e outras.
O Nordeste do Brasil tem grande potencial para captar energia eólica, que é limpa e renovável
© WWF / Michel GUNTHER
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