WWF-Brasil doa placas identificativas de aves do Cerrado e do Pantanal
junho, 26 2017
Sete Unidades de Conservação de Mato Grosso do Sul foram beneficiadas
Renata Andrada PeñaA prática da observação de aves (bird watching) é antiga. Surgiu na Grécia antiga e chegou às Américas por volta do sec. XVIII. Mais do que uma atividade de lazer ou de turismo ecológico, é uma ação de educação e conservação ambiental, já que cientistas e estudiosos aproveitam a atividade para reconhecer e catalogar as espécies. O WWF-Brasil apoia a prática em diversas Unidades de Conservação (UC's), como parques e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN’s) de Mato Grosso do Sul, onde foram instaladas 10 placas identificativas de aves do Cerrado e do Pantanal.
“O Brasil é o terceiro país em número de espécies de aves do mundo. Apoiamos uma ação que atrai grande número de pessoas que não são necessariamente ambientalistas, mas que tem um grande respeito a natureza e observa no comportamento das aves, a importância de sua preservação, seus espaços naturais e seu equilíbrio. Além de servir como um espaço de troca de informações entre os diversos observadores, é uma atividade que agrega famílias inteiras”, conta Júlia Boock, analista de conservação do WWF-Brasil.
Para Flávia Accetturi, também analista de conservação do WWF-Brasil, a localização das placas é estratégica: “o Cerrado e o Pantanal oferecem uma variedade muito grande de espécies, o que funciona como um chamariz para turistas e pessoas do meio acadêmico".
As placas
Foram selecionadas as 9 aves mais representativas de cada área, sendo que as placas no município de Campo Grande contaram com o apoio da população na seleção. Todas as placas instaladas trazem o nome científico, o nome popular e informações das espécies que podem ser encontradas na área.
Ao todo sete UCs no Mato Grosso do Sul receberam as placas, sendo elas: Parque Estadual das Matas do Segredo, o Parque das Nações Indígenas, Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, Estrada Parque do Pantanal, Parque Estadual do Prosa, RPPN Engenheiro Eliezer Batista, RPPN Buraco das Araras; e três áreas verdes em Campo Grande (MS) que contam com Centros de Educação Ambiental, são elas: Parque do Imbirussu, Parque do Polonês e Parque Anhanduí.
Parcerias
A ideia surgiu a partir de uma conversa com um grupo de observadores de aves, mas foi graças aos parceiros que a iniciativa se consolidou. O WWF-Brasil contou com o apoio do Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo, da ilustradora Lídia Coimbra, da designer gráfica Beatriz Boock, do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso do Sul (SEMADE), da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano de Campo Grande (PLANURB), da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana de Campo Grande (SEMADUR), e dos proprietários de RPPN na concepção, construção, recepção e utilização das placas na promoção da prática de observação de aves em prol da conservação.
“Com o WWF-Brasil, tivemos uma parceria bastante estratégica para realização de um processo inclusivo, em que ouvimos mais de 300 pessoas, as quais participaram ativamente na escolha das aves de cada área verde. Os resultados estão nas placas doadas e servirão de ferramenta para a continuidade ao processo de ciência cidadã e fomento de agentes protetores da natureza”, diz Simone Mamede, do Instituto Mamede.