Em Minas Gerais, após a introdução de aproximadamente 15 mil mudas no campo, visando ligar os dois grandes fragmentos regionais (RPPN Feliciano Abdala e RPPN Mata do Sossego), a Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas viu algumas conquistas se fortalecerem.

A recomposição de espaços como nascentes, reservas legais e APPs (Áreas de Preservação Permanente) em 50 áreas rurais de Simonésia e São João do Manhuaçú (MG) introduziu práticas conservacionistas na produção em região dominada pelo café.

O esforço de promover a diversificação de culturas e a restauração da mata culminou no apoio à comercialização em uma grande Feira da Agricultura Familiar.

“Trabalhamos com acompanhamento das propriedades, formação dos agricultores e comercialização dos produtos. A feira ‘Revelando Talentos’ aproximou as experiências dos agricultores e incentivou a diversificação da produção, com a venda de mais de 54 produtos, entre frutas, artesanatos e farinhas.

Essa troca foi fortalecida também na feira que ocorre todos os sábados”, explicita um dos coordenadores da Rede, o agrônomo Eugênio Resende.

A mudança de paradigma na produção, aproximando a conservação ambiental da agricultura, já é avanço concreto em Minas Gerais, onde agricultores querem a floresta de volta. “Numa das propriedades, do Seu Tonico e Dona Eva, em Simonésia, a possibilidade de plantar árvores fez a família querer tirar o café do morro e transformar o local em área de preservação.

Enquanto a agrofloresta cresce, ainda manejamos o café por dois anos para adequação da renda, mas o importante é o quanto as pessoas passaram a falar da agroecologia para a recomposição natural e proteção da água”, aposta Eugênio.

Recuperação de áreas de nascentes com agricultores em Simonésia (MG). 
© WWF-Brasil
Recuperação de áreas de nascentes com agricultores em Simonésia (MG).
© WWF-Brasil

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