Os princípios da Justiça Socioambiental preveem que todos os grupos sociais, independente de raça, etnia, gênero ou classe social, devem ter igual direito de acesso aos recursos naturais (água limpa, solo fértil, ar puro, etc.) fundamentais a uma vida digna e saudável. Além disso, quando da implantação de obras, projetos ou políticas, nenhum grupo social deve arcar de maneira desproporcional com as consequências ambientais negativas decorrentes.
A instalação de hidrelétricas na Amazônia é um caso bastante ilustrativo. Construídas para gerar eletricidade que vai dinamizar a produção econômica nos centros urbanos e industriais do país, essas instalações deixam um enorme prejuízo para as populações ribeirinhas dos locais, que frequentemente perdem acesso às terras mais férteis, vêm sua produção pesqueira despencar e suas terras invadidas por pessoas que foram atraídas à região pela obra.
Enquanto os benefícios vão para longe e são aproveitados pelas camadas mais ricas da população, os prejuízos se acumulam localmente e são suportados por populações historicamente marginalizadas, que têm poucos recursos financeiros e, portanto, pouco acesso a advogados, à mídia e aos mecanismos de justiça.
Por isso, um dos mecanismos que tentam promover a Justiça Socioambiental é o direito à participação e influência na tomada de decisões sobre grandes obras ou políticas públicas.
Mesmo os segmentos mais vulneráveis e frequentemente excluídos de nossa sociedade –povos indígenas, extrativistas, quilombolas, ribeirinhos e outros– devem ser consultados previamente sobre a possibilidade de construir uma usina hidrelétrica, abrir ou pavimentar uma estrada ou de levar adiante qualquer iniciativa que possa afetar suas vidas.
Esse direito é atualmente garantido pela Constituição Federal e pela Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), da qual o Brasil é signatário.
Defendemos um modelo de desenvolvimento que reduza as desigualdades sociais, regionais, econômicas e valorize nossa diversidade cultural, em linha com os ODSs (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas).
Por isso, no WWF-Brasil, a Justiça Socioambiental é uma dimensão presente em todas nossas ações, desde projetos de conservação de determina espécie até ações de incidência política em nível nacional.
Nossas ações na área das Justiça Socioambiental buscam promover a transparência, a participação e o controle social, assim como o respeito aos direitos fundamentais. Ao contribuir financeiramente com o WWF-Brasil, você mostra que também apoia esses princípios. #JuntosÉPossível construir um futuro mais justo e saudável para todos.APOIE NOSSO TRABALHO. DOE!
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