Para evitar um colapso dos recursos naturais que são a nossa fonte de sobrevivência, precisamos avaliar e repensar nossos hábitos de consumo. E adotar uma postura mais responsável, de forma que possamos viver de acordo com a capacidade ecológica do Planeta.
O WWF-Brasil atua com a Pegada Ecológica, buscando mobilizar e incentivar as pessoas a repensar hábitos de consumo e a adotar práticas mais sustentáveis. Além de utilizá-la como uma ferramenta de mobilização e de conscientização, em 2009, iniciou um trabalho pioneiro no Brasil, com a realização dos cálculos da Pegada Ecológica de Campo Grande (MS) e de São Paulo (Estado e capital).
O estudo da capital sul-mato-grossense revelou uma Pegada Ecológica de 3,14 hectares globais, o equivalente a 1,7 planeta. No estado de São Paulo, a Pegada Ecológica média foi de 3,52 hectares globais por pessoa (equivalente a dois planetas) e na capital, de 4,38 (2,5 planetas). Em São Paulo, o cálculo foi feito com base nas classes de rendimento familiar e mostrou uma grande diferença. Para os de renda mais alta, ela chegou a quatro planetas.
Os resultados mostram também que a pegada média do acriano é de 2,34 hectares globais per capta, 0,5 hectares globais acima da biocapacidade mundial (1,8gha/cap). Isso significa que, se todas as pessoas do planeta consumissem de forma semelhante aos acrianos, seriam necessários 1,3 planetas para sustentar esse estilo de vida. Embora a Pegada Ecológica do cidadão acriano seja maior que a biocapacidade planetária, ela é 20% menor que a do brasileiro.
A cidade onde foi lançado o estudo da Pegada Ecológica no Brasil foi Natal (RN), após o período eleitoral. Se todas as pessoas do planeta consumissem de forma semelhante à população de Natal, seria necessário 1,9 planeta para sustentar esse estilo de vida.