Araras-azuis-grandes são tema de documentário de TV Inglesa

27 outubro 2006

A espécie Arara-Azul-Grande do Pantanal vai se tornar estrela no canal inglês ITV, a maior rede comercial de TV da Grã-Bretanha.
A espécie Arara-Azul-Grande do Pantanal vai se tornar estrela no canal inglês ITV, a maior rede comercial de TV da Grã-Bretanha. As filmagens para o documentário sobre a espécie Anodorhynchus hyacinthinus envolvem o Projeto Arara-Azul, uma referência em conservação da espécie, e serão realizadas nos municípios de Aquidauana e Miranda (MS). O filme sobre as araras fará parte da série “The world´s most loved animals” (“Os animais mais amados do mundo”).

A série deverá ir ao ar no primeiro semestre de 2007. Além de mostrar como vivem e o grau de ameaça que sofrem, a série vai incentivar os ingleses a colaborarem com a preservação das espécies, inclusive da arara-azul, por meio de doações. A iniciativa foi articulada pelo WWF-Reino Unido, o WWF-Brasil e o Canal ITV.

No Brasil, a equipe da produtora Endemol começou as filmagens em Foz do Iguaçu (PR) na quinta-feira, 26/10, seguindo para a Pousada Araraúna (Aquidauana) e o Refúgio Caiman (Miranda), onde permanecem até 31/10 e encontram a bióloga Neiva Guedes, pesquisadora responsável pelo Projeto Arara-Azul. Haverá sobrevôo da área com o balão Panda, símbolo da Rede WWF.

O Projeto Arara-Azul já instalou 198 ninhos artificiais e monitora um total de 367 ninhos cadastrados em 54 fazendas. O resultado é que desde 1999, o número de araras-azuis subiu de 1.500 para 5.000 no Pantanal. Apesar dos bons resultados, a arara-azul ainda consta da lista de espécies ameaçadas de extinção e sofre com a captura ilegal para o tráfico de animais silvestres e a destruição do habitat natural.

A arara-azul-grande é considerada o maior psitacídeo - família que abrange todos os papagaios, periquitos e araras do mundo -, podendo chegar até um metro de comprimento do bico à cauda. Destaca-se pela beleza, com uma plumagem azul cobalto em todo o corpo e gostam de voar em pares ou em grupo. Segundo Neiva Guedes, os filhotes nascem frágeis e são alimentados pelos pais até os seis meses. “Até completarem 45 dias, eles correm sério risco de vida pois não conseguem se defender de baratas, formigas ou outras aves que invadem o ninho. Somente com três meses, quando o corpo está todo coberto por penas, se aventuram em seus primeiros vôos. Na maioria dos casos, só um filhote sobrevive”, explica a bióloga.

Desde 1999, o WWF-Brasil apóia a conservação das araras-azuis. O Projeto Arara Azul é realizado pela Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp), Instituto Arara Azul, Toyota do Brasil e Refúgio Caiman.
Somente com três meses, quando o corpo está todo coberto por penas, os filhotes de araras-azuis conseguem voar.
© WWF-Brasil
DOE AGORA
DOE AGORA