Perda de habitats naturais continua sendo uma grande ameaça para a biodiversidade brasileira

agosto, 23 2011

O estado do Mato Grosso foi a unidade da federação que mais desmatou seu território em janeiro de 2011, informou a última edição do boletim “Transparência Florestal - Amazônia Legal”, publicado pelo Serviço de Alerta de Desmatamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (SAD/Imazon).
Por Jorge Eduardo Dantas de Oliveira

O estado do Mato Grosso foi a unidade da federação que mais desmatou seu território em janeiro de 2011, informou a última edição do boletim “Transparência Florestal - Amazônia Legal”, publicado pelo Serviço de Alerta de Desmatamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (SAD/Imazon).

De acordo com a publicação, no primeiro mês de 2011 o Mato Grosso desmatou 47 quilômetros quadrados de seu território, o equivalente a 57% da devastação amazônica registrada no período. Naquele mês, o desmatamento acumulado entre os estados amazônicos, com exceção do Maranhão, foi de 83 quilômetros quadrados.

Outros estados analisados tiveram números melhores. Pará e Rondônia desmataram apenas 17 e 15 quilômetros quadrados, respectivamente, com 20% e 18% do total do período. O Amazonas desmatou 3,5 quilômetros (4% do total) e Roraima 0,5 quilômetros, 1% do total.

Além disso, os acumulados dos meses anteriores também apresentam números ruins para o Mato Grosso. Entre agosto de 2009 e janeiro de 2010, o estado teve 129 quilômetros quadrados de mata desmatada. Já entre agosto de 2010 e janeiro de 2011, este número saltou para 256 quilômetros quadrados – um aumento de 98%, segundo o Imazon.

Quando se fala em degradação florestal recente, o Mato Grosso também encabeça a lista. Por “áreas degradadas” entendam-se florestas intensamente exploradas por queimadas ou pela atividade madeireira.

Em janeiro de 2011, o Estado apresentava 353 quilômetros de florestas degradadas, o equivalente a 93% do total amazônico para aquele período. Os segundo e terceiro colocados foram os estados de Rondônia e do Pará, com 15 e 4 quilômetros quadrados degradados – 4% e 1% do total do período, respectivamente.

A degradação florestal acumulada dos últimos meses também não mostra bons números: entre agosto de 2010 e janeiro de 2011, o Mato Grosso acumulou 2.181 quilômetros quadrados de mata degradada, um aumento de 482% em relação ao tamanho da área registrada no mesmo período do ano anterior, 375 quilômetros quadrados.
Área desmatada na colocação Adonias. Expedição Guariba-Roosevelt 2010.
Área desmatada na colocação Adonias. Expedição Guariba-Roosevelt 2010.
© WWF-Brasil/Juvenal Pereira
DOE AGORA
DOE AGORA