É possível domar a selva com cimento?

Devido ao enorme fluxo de água na Bacia Amazônica, os diversos países resolveram aproveitar seu potencial hidrelétrico para sustentar o crescimento industrial e econômico.

No entanto, a construção de represas e a perturbação dos cursos d’água cobram um preço na vida da bacia.


Tucuruí: uma represa na floresta tropical úmida

Dentre todas as coisas incríveis da Amazônia, talvez uma das mais inesperadas seja Tucuruí. Situada no baixo rio Tocantins, no Pará, essa é a maior represa já construída numa floresta tropical úmida.

Com uma área de 2.875 km2, Tucuruí é também o maior lago já construído pelo homem num lugar como esse.

Como 90% da energia brasileira provêm de hidrelétricas, a represa foi considerada uma alternativa mais barata do que a importação de combustíveis fósseis.

A energia produzida pela represa forneceria o combustível para atividades de mineração e outros projetos industriais.

A pegada da represa

A exemplo de várias outras represas, Tucuruí teve um custo. Em nível local, a represa mudou a vida de povos indígenas e comunidades ribeirinhas, deslocou 40 mil pessoas e destruiu o habitat de peixes e plantas.

O vasto reservatório criado pela represa constitui também um local de proliferação de mosquitos transmissores de doenças, e isso afetou a população local e sua produtividade.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia – INPA, a vegetação submersa decomposta contribui para uma um sexto do total de emissões de gases de efeito estufa do Brasil.

WWF-Brasil: discutir hidrelétricas uma a uma é desperdício de energia

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Referência bibliográfica

1World Commission on Dams. WCD To Study Brazil's Tucurui Dam and Amazon/Tocantins River Basin. http://www.dams.org/news_events/press296.htm. Acessado em 07/10/05
2AmazonWatch. Belo Monte Dam.
http://www.amazonwatch.org/amazon/BR/bmd/. Acessado em 07/10/05

 

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