WWF-Brasil treina guarda-parques de quatro países

junho, 06 2018

O curso ofereceu ferramentas para apoiar as atividades de fiscalização, gestão e atendimento ao público
O curso ofereceu ferramentas para apoiar as atividades de fiscalização, gestão e atendimento ao público

Por Renata Andrada Peña

Os guarda-parques são os responsáveis por manter a integridade dos recursos naturais das Unidades de Conservação. Eles fiscalizam a área, evitam e combatem incêndios, fazem resgates de animais silvestres e ainda recebem visitantes, atividades que exigem treinamento constante. Nesse sentido, o WWF-Brasil realiza desde 2016, em parceria com  WWF-Paraguai e WWF-Bolívia, cursos destinados a promover a qualificação desses profissionais. O último, realizado com apoio da Federação Internacional de Guarda-Parques (International Ranger Federation), ocorreu de 27 a 31 de maio no SESC Porto Cercado, em Poconé, Mato Grosso.

Osvaldo Barassi Gajardo, analista em conservação do WWF-Brasil e sócio-fundador e membro do conselho consultivo da Associação Brasileira de Guarda-Parques (ABG), ministrou aulas de interpretação ambiental em áreas protegidas. “Realizamos diversas atividades teóricas e práticas e identificamos o potencial interpretativo de uma trilha que o SESC poderá implementar no futuro. Esse treinamento é importante porque os profissionais devem estar preparados para criar conexões que permitam a valorização das áreas protegidas e a sensibilização sobre a proteção das mesmas”, explica Gajardo.

“O nosso objetivo com esses treinamentos é fazer com os guarda-parques que trabalham no Pantanal recebam a capacitação necessária para apoia-los no trabalho do dia-a-dia de gestão de suas áreas protegidas, que em muitos casos envolvem fiscalização, manejo e atendimento a público externos. Este ano o curso teve mais participantes de outros biomas como Cerrado, Chaco e Amazonia", diz Júlia Boock, analista de conservação do WWF-Brasil.

Inovação e tecnologia a serviço do meio ambiente
O WWF-Brasil, também ofereceu aos participantes um curso sobre a utilização de novas tecnologias na gestão de Áreas Protegidas. Felipe Spina Avino, analista de conservação da ONG, apresentou o aplicativo para celular “Cybertracker” que foi customizado para ajudar a aumentar o potencial turístico dos parques.

“Se há algo comum a todos os profissionais de todos os países participantes é o uso do celular no dia-a-dia. Então, o que nós do WWF-Brasil fizemos foi adaptar o aplicativo, que é aberto e gratuito, para utilização nos parques. A partir de agora, todos os participantes podem utilizá-lo para capturar imagens e dados georeferenciados em suas UCs e fazer, por exemplo, o levantamento turístico daquele parque por meio do aplicativo”, explica Avino. “Assim, cada vez que o profissional se deparar com um atrativo, ele pode fazer uma foto que se transforma numa base de dados georefenciada, de uma forma visual e de fácil comunicação com o grande público. Essas informações podem ser organizadas em um mapa interativo na internet, como o Google Mapas, em que o  turista pode ter acesso à localização dos atrativos do parque que quiser visitar” adiciona o analista do WWF-Brasil.

Participaram do Terceiro Encontro Trinacional de Guarda-parques del Gran Pantanal 47 profissionais do Brasil, Bolívia, Paraguai e Peru.
Os guarda parques são os responsáveis por manter a integridade dos recursos naturais das Unidades de Conservação
© WWF-Brasil
Osvaldo Barassi Gajardo, analista em conservação do WWF-Brasil e sócio-fundador e membro do conselho consultivo da Associação Brasileira de Guarda-parques (ABG) ministrou aulas de interpretação ambiental em áreas protegidas
© WWF-Brasil
Participaram do Terceiro Encontro Trinacional de Guarda Parques del Gran Pantanal 47 profissionais do Brasil, Bolívia, Paraguai e Peru
© WWF-Brasil
O WWF-Brasil também ofereceu aos guarda parques um curso sobre a utilização de novas tecnologias na gestão de Áreas Protegidas
© WWF-Brasil
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